Padre Geovane Saraiva, 25 anos de ordenação
“Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20, 7)
Padre Geovane Saraiva*
No dia 14 de agosto de 1988, ao lado da igreja matriz de Nossa Senhora de Nazaré, na minha terra natal, Capistrano – Ceará, numa celebração campal, recebi a ordenação presbiteral, pela imposição das mãos do nosso querido e saudoso Dom Aloísio, Cardeal Lorscheider. Neste ano de 2013, ao completar 25 anos de ministério sacerdotal, gostaria agradecer ao bom Deus, numa profunda gratidão, especialmente, através das pessoas com as quais fui sacerdote, além de procurar ser irmão e amigo.
Logo no início, além do meu lema escolhido: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20, 7), guardei na mente e no coração o lema de São Francisco de Sales, grande místico e mestre na escola de espiritualidade: “Fazer-se tudo para todos’”. Tenho consciência de que, nestes 25 anos padre, poderia ter feito muito mais. Mas ao mesmo tempo, como diz tão bem Charles Chaplin: “a vida me ensinou a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi (…)”, dádiva de Deus.
Quero me dirigir ao bom povo da paróquia São Pio X, início de minha vida de padre como Vigário Paroquial – Bairro Pan Americano, por poucos meses. Já em primeiro de janeiro de 1989 assumi a função de Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis, no Bairro Dias Macedo, permanecendo ali por 11 anos. Na Paróquia da Paz, como Vigário Paroquial, fundei o Apostolado da Oração, implantei a Pastoral Vocacional, colaborei com o Encontro de Casais com Cristo (ECC) e ainda estive presente nas Comunidades da Mãe-Rainha – Varjota, no Campo do América e na Trilha do Senhor, sem esquecer a Conferência de São Vicente de Paulo.
Agradecido, igualmente, me volto para o bom povo da Parquelândia, por ter me acolhido desde o dia 30 de novembro de 2003, nesta comunidade Paroquial de Santo Afonso. Não posso esquecer jamais as queridas Irmãs Carmelitas do Carmelo Santa Teresinha de Fortaleza, com minha presença para celebrar a eucaristia, ao mesmo tempo em que experimentei uma generosa acolhida da parte delas. Agradeço também as Irmãs Doroteias, nos seis anos em que fui Capelão das mesmas. Por onde passei, dentro das minhas limitações, pude contribuir, procurando animar os desanimados, na esperança de que somos peregrinos do absoluto em meio às coisas passageiras, a caminho do definitivo, da glória futura, da vida junto de Deus.
Nunca esqueço este belíssimo pensamento de Dom Helder: “É graça divina começar bem, graça maior é persistir na caminhada, mas a graça das graças é não desistir nunca”. E é a partir do pastor dos empobrecidos que gostaria de registrar também, como ação de graças ao bom Deus, nossa simples e humilde lavra literária, credenciando-me integrar à Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (ALMECE) e à Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF). Além de tornar-me cidadão de Fortaleza, ainda fui condecorado com três Medalhas, a saber: Boticário Ferreira, De Defesa dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara (da Câmara Municipal de Fortaleza) e Dom Helder Câmara, o Artesão da Paz (da ALMECE).
Espero contar com a oração, a amizade e a solidariedade do todos, neste ano dos meus 25 anos padre aqui na Arquidiocese de Fortaleza, para que “seduzido” por Deus, prossiga no meu esforço de “Fazer-me tudo para todos’”, parafraseando São Francisco de Sales.
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), e da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza.
Pároco de Santo Afonso
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Autor dos livros:
“O peregrino da Paz” e “Nascido Para as Coisas Maiores” (centenário de Dom Helder Câmara);
“A Ternura de um Pastor” – 2ª Edição (homenagem ao Cardeal Lorscheider);
“A Esperança Tem Nome” (espiritualidade e compromisso);“Dom Helder: sonhos e utopias” (o pastor dos empobrecidos).