Pastoral Social: conversão aos pobres
Da Revista Missões
O Plano de Pastoral recém-lançado pela arquidiocese de São Paulo chama a uma conversão pastoral à vida da cidade e seus pobres, afirma o bispo auxiliar Dom Pedro Luiz Stringhini.
Dom Pedro Stringhini, que é o responsável pelas pastorais sociais na arquidiocese de São Paulo, explicou ao jornal arquidiocesano “O São Paulo” que o apostolado social da Igreja visa a que a ação eclesial “tenha incidência na realidade dos pobres da cidade”.
“A questão social é muito ampla e os problemas sociais assumem demandas de grande proporção num município de onze milhões de habitantes, inserido numa área metropolitana com cerca de dezoito milhões”, disse.
Segundo o bispo, o 10° Plano de Pastoral (2009-2012) toma como referência situações de pobreza e exclusão destacadas no Documento de Aparecida.
“Migrantes e imigrantes, moradores de rua, doentes e enfermos, dependentes químicos, encarcerados, crianças, adolescentes e jovens, populações indígenas e desempregados”, afirmou.
Dom Stringhini disse que a Igreja quer continuar a marcar sua presença “solidária e evangelizadora” junto dessas pessoas, e assim ajudá-las a conhecer “o Evangelho de Jesus Cristo e a pertencer a uma comunidade eclesial, onde encontrarão apoio material, humano, espiritual». O bispo explica que o Plano de Pastoral convida a uma “conversão pastoral” à questão social, isto é, à “vida da cidade e seus pobres”.
Isso implica “um envolvimento maior das comunidades e dos que dela participam, a começar pelos agentes de pastoral e ministros ordenados, com a questão social”, disse. “Que cada comunidade cristã, movida pela caridade de Cristo, tenha ações organizadas de caridade para com os pobres”, pede o bispo.
Dom Stringhini destaca que a Igreja “não atua sozinha para melhorar a cidade”.
“É preciso ter em mente duas necessidades: a de conhecer a cidade por meio de dados recentes, atualizados e comprovados, e a de realizar parcerias, seja com órgãos públicos seja com outras organizações da sociedade civil”, afirmou.