‘O espaço da política é de todos nós’

“A Escola de Fé e Política Waldemar Rossi e a Pastoral de Fé e Política veem com muita esperança a instalação do Conselho Participativo Municipal. Eles são instrumentos de educação política da sociedade, abrem a possibilidade de discussão de que a política não pertence aos ‘políticos’ entendidos aqui como os parlamentares. O espaço da política é de todos nós que vivemos, trabalhamos e construímos essa cidade. Na política não existem espaços vazios, se as pessoas de bem não ocupam os espaços, eles certamente serão ocupados pelos interesses de apenas alguns e não do bem comum.”

Assim, com essa afirmação, Márcia Castro, coordenadora da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi, define a instalação do Conselho Participativo Municipal na cidade de São Paulo e a participação de membros da Escola e da Pastoral Fé e Política no processo eleitoral.

De acordo com Márcia, são 18 candidatos ligados à Escola – a lista de nomes e a que subprefeituras se candidataram pode ser lida no site da Pastoral Fé e Política (www.pastoralfp.com). “Esse é um aspecto que nos causa imensa alegria, temos consciência de que se não estivessem participando da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi a maioria não seria candidato/a, nem sequer saberia da importância desse processo”, afirmou Márcia.

Candidata pela Subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme, a estudante da Escola de Fé e Política e membro da Pastoral Fé e Política da Paróquia Santa Zita, Kamila Gomes afirmou que decidiu participar da candidatura ao Conselho Participativo, pois acredita na participação popular e na democracia participativa. “Estes espaços nos fazem ser parte da construção da cidade que queremos, sabemos das limitações da prefeitura, mas não podemos nos omitir deste processo”, afirmou.

Para Kamila, a candidatura dos alunos, contribuirá para que a teoria se torne prática, além de ter ajudado a “esclarecer dúvidas sobre política, mas também nos fez acreditar ainda mais na fé atrelada à nossa militância. Por isso, ela nos impulsionou a querer ser parte deste processo”.

Sobre a participação dos leigos neste processo democrático na cidade de São Paulo, Márcia afirma ser necessário compreender que “para ser testemunha de Jesus Cristo na cidade de São Paulo, como nos impulsiona o atual Plano de Pastoral da Arquidiocese, precisamos ser ‘sal da terra e luz do mundo’ (Mt 5, 13-14) na cidade. A experiência deste ano deixou muito clara a importância da Escola de Fé e Política que permitiu a informação, o olhar à realidade, a reflexão na perspectiva cristã e a conscientização da urgência da participação da população no processo de diminuição da desigualdade e democratização da cidade. Não podemos esperar que outros façam, nós somos chamados a ser sementes de transformação.”

Um Comentário

  1. armandoleonardo
    out 18, 2013 @ 09:45:45

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