O Pontífice a um grupo de economistas: “Basta descartar!”
No sábado, 12 de Julho, o Papa Francisco encontrou-se com os participantes no Seminário internacional realizado na Casina Pio IV no Vaticano, sobre o tema «Por uma economia cada vez mais inclusiva», tratado também na sua exortação apostólica Evangelii gaudium. No seu discurso improvisado, o Pontífice criticou o «reducionismo antropológico» imperante. «Creio que este momento seja o tempo mais acentuado de reducionismo antropológico», afirmou, e depois se perguntou: «Quando o homem perde a sua humanidade, o que nos espera?». A resposta está na evocação de outro tema apreciado pelo magistério do Papa Bergoglio: «De facto, verifica-se – disse – uma política, uma sociologia, uma atitude “do descartável”: descarta-se o que não serve porque o homem não está no centro. E quando ele não se encontra no centro, significa que no centro há outra coisa e que o homem está ao serviço dela». Eis então o mérito dos congressistas, que se reuniram para estudar as novas modalidades para «salvar o homem, no sentido de que volte ao centro: no centro da sociedade, dos pensamentos, da reflexão. Levar o homem, outra vez, para o centro».
De resto, o próprio cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do Pontifício conselho «justiça e paz», explicou ao Pontífice o sentido do encontro dos setenta representantes do sector público e do mundo comercial, económico, académico reunidos por dois dias no Vaticano. O objectivo, afirmou, é «responder ao desafio de promover um sistema económico e social adequado aos desafios do século XXI». E «a vontade – acrescentou – é de oferecer um contributo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária».
Fonte: news.Va