Pe Júlio Lancellotti foi abraçado pelos 30 anos
Parte da Comunidade São Miguel Arcanjo deu um grande abraço no Padre Julio Lancellotti, pelos seus 30 anos de ordenação. O abração foi na Capela da Universidade São Judas Tadeu, envolvendo o altar, que é central.
O Tarcisio, em nome da Comunidade leu a belíssima homenagem ao Pe Julio, que também recebeu flores e presentes. Presença de pessoas que acompanharam esses 30 anos, desde a favela do Sinhá, a Febem, Casa Vida, o Povo da Rua, com forte lembrança de Dom Luciano Mendes de Almeida que alguns dizem muito parecido com o Pe Julio.
Aqui o texto da homenagem:
“Padre Júlio
Você é nosso irmão.
Não notamos mais quanto tempo você está conosco, tão acostumados estamos com a sua palavra, com seu sorriso, com suas preocupações, com seu apoio, com sua mensagem e exemplo de vida. Não notamos mais quanto tempo faz, já que sempre está conosco, pois você é nosso irmão. Ao contrário, é o tempo que chama a nossa atenção e ficamos surpresos. São trinta anos de vida sacerdotal e sempre na São Miguel. Apesar de sua humildade ao comentarmos sobre essa exclusividade, todos nós que acompanhamos esse período sabemos que somos privilegiados. Você é nosso e quem te entregou foi o Espírito Santo.
Dom Oscar Romero disse que “nós que temos voz devemos falar pelos que não têm.” E você falou constantemente, pois muitos aqui em São Paulo também estão sem voz. E não foi apenas a voz emprestada, foi muito além; foi pão para os famintos, água aos sedentos, foi roupa aos que estavam nus, foi conforto aos doentes, foi presença aos que estavam encarcerados, foi acolhida para os estrangeiros, foi manifestação de amor à nossa comunidade: foram tantos casamentos, batizados, crismas, encontros, reuniões, velórios, festas, procissões. Tantas experiências… Estivemos juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Sempre com o amor presente, pois como disse Santa Edith Stein, a “essência mais íntima do amor é a doação”.
Padre Júlio, com tantas perdas que teve em sua vida, em especial a da sua querida mãe, você tem refletido muito sobre a memória, sobre aquilo que fica. Sabemos que o amor sempre fica. Estamos juntos nesses trinta anos. Não há como esquecer as experiências do jardim Sinhá, da pastoral do menor, da FEBEM, do Centro Comunitário São Martinho de Lima, da Casa Vida e seu símbolo, a coruja – que simboliza também a Filosofia, da Casa de Oração, das casas de acolhida e tantos outros locais e experiências. Padre Júlio, sua memória já é nossa e seu exemplo permanece conosco, pois como nos diz o salmo 112 “Quem é correto nunca fracassará e será lembrado para sempre.”
Padre Júlio, parabéns pelos trinta anos de exemplar vida sacerdotal.”
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