O Hospital Amparo Maternal, situado na capital São Paulo, foi um dos vencedores do “Prêmio Dr. Pinotti – Hospital Amigo da Mulher”, premiação instituída em 2009 pela Câmara dos Deputados para reconhecimento de entidades governamentais e/ou não governamentais cujos trabalhos ou ações merecerem destaque na promoção de acesso e qualificação dos serviços de saúde da mulher. O Amparo Maternal, fundado em agosto de 1939, concorreu com 26 entidades de todo o Brasil, indicadas por membros do Congresso Nacional.

Indicado ao prêmio pela deputada Luiza Erundina, o Amparo Maternal, de acordo com Erundina, realmente faz jus ao título de “amigo da mulher” já que atende gestantes com qualquer tipo de necessidade, vindas de qualquer local do país, e todas as mulheres que o procuram são atendidas via SUS, ou seja, nada delas é cobrado.

“A premiação foi justa, tendo em vista os relevantes serviços que o Amparo maternal prestou à cidade de São Paulo, sobretudo às mulheres carentes que emigravam de outras partes do país pra São Paulo, vindas em sua maioria do Nordeste, em busca de melhores condições de vida e trabalho”, declara Luiza Erundina. “Trata-se de um hospital que presta serviços a todas as mulheres brasileiras, sem distinção, e que está apto para atendê-las oferecendo um serviço de fácil acesso e de qualidade”, conclui.

A Irmã Maria Enir Loubet, diretora do Amparo Maternal, agradece a indicação feita pela deputada Luiza Erundina e diz que o prêmio Dr. Pinotti traz para a maternidade e seus funcionários, mais uma motivação para continuarem “trabalhando pela valorização da mulher e protegendo a vida”.

“Em agosto deste ano nós fecharemos as comemorações dos 70 anos de existência do Amparo Maternal, e esse prêmio é para nós como um coroamento desses 70 anos de trabalho. Ele vem dizer que nós estamos no caminho certo, de valorizar a mulher e de proteger a vida”, ressalta Irmã Maria Enir Loubet.

A diretora da entidade, Irmã Maria Enir, também acrescenta que, além de ser uma maternidade que acolha mulheres de todo o país, o Amparo Maternal também funciona como alojamento social. “Um diferencial nosso é que oferecemos alojamento para aquelas mulheres que não têm onde ficar. Elas ficam aqui no período pré-natal, e após o parto também”, conclui Irmã Maria Enir.

Além do Amparo Maternal também foram premiados nesta edição de 2010 o “Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP” (Recife-PE), indicado pelos deputados André de Paula (DEM/PE), Ana Arraes (PSB/PE), e Inocêncio Oliveira (PR/PE) e a “Santa Casa de Misericórdia – Irmandade Senhor dos Passos” (Guaratinguetá-SP), indicada pelo deputado Marcelo Ortiz (PV/SP).

O Prêmio será entregue em sessão solene da Câmara dos Deputados, a ser realizada nesta terça-feira, 25 de maio, por ocasião da data em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Mortalidade Materna, celebrado no dia 28 de maio.

Sobre o Amparo Maternal

A maternidade foi fundada por um grupo de pessoas liderado pelo então Arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar de Alfonseca e pela religiosa franciscana Madre Marie Domineuc, que enxergavam uma São Paulo cada vez maior com um aumento no número de gestantes que viviam pelas ruas da cidade, sem ter onde ficar ou sem lugar para dar à luz.

Além do acesso facilitado – já que o Amparo Maternal foi criado para atender gestantes carentes – o Amparo Maternal também está capacitado para atender a gestante em todas as fases de sua gravidez bem como ao seu recém nascido, graças a uma equipe formada por médicos e enfermeiras especializados neste atendimento.

Já os bebês que nascem no Amparo Maternal, por sua vez, são tratados por uma equipe de neonatologistas, especializada no atendimento ao recém nascido e esta equipe tem contribuído para diminuir o número de mortes no berçário e na UTI neonatal, mesmo entre os recém nascidos prematuros ou que nascem com problemas.

Seguindo este padrão, o Amparo Materno apresenta taxas de sucesso que estão de acordo com o que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e apresenta dados e números surpreendentes, que fazem com que seja considerada a maior Maternidade da América Latina:

• Aproximadamente 40 partos por dia ou 1.200 por mês;
• 7,2 % de todos os nascimentos da Grande São Paulo;
• 84% de partos naturais;
• Pioneirismo na humanização do parto;
• Aproximadamente 70 exames de ultra-sonografia por dia;
• Índices baixíssimos, perto do zero, de infecção hospitalar e mortalidade materno-infantil;
• Atendimento 365 dias no ano.