Arquidiocese celebra Dia Nacional da Juventude
Centenas de jovens da Arquidiocese de São Paulo celebraram o Dia Nacional da Juventude (DNJ) neste domingo (6), no Colégio Luiza de Marillac, na zona norte da capital.
A data, que foi comemorada na maior parte do país no dia 30 de outubro, em São Paulo, foi adiada para o dia 6 de novembro, devido à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no último domingo, o que impediria a participação de muitos jovens.
O evento, que começou às 12h30, contou com apresentações culturais de jovens de diferentes expressões juvenis, como o movimento dos Focolares, a Comunidade Católica Shalom e a Pastoral da Juventude (PJ).
Também aconteceram oito oficinas temáticas que aprofundaram o tema do DNJ deste ano, protagonismo da mulher. Mais de 200 jovens participaram das reflexões envolvendo a realidade da mulher, desde a dimensão teológica, passando pela realidade social, questões de gênero, e sobre o lugar da mulher na própria Igreja. “Nós queremos, com esse DNJ, também lembrar e valorizar a presença da mulher na nossa Igreja”, ressaltou Nei Marcio de Oliveira Sá, secretário executivo do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo (Sejusp).
Nei recordou que esse evento aconteceu logo depois do Bote Fé, a festa de acolhida dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizado em 18 de setembro. Por isso, foi pensado em um evento menor, que proporcionasse a oportunidade de refletir o tema do DNJ e celebrar a data.
O Setor Juventude é formado pelas pastorais, movimentos, associações, novas comunidades, e congregações religiosas que trabalham com a juventude na Arquidiocese.
Às 16h foi celebrada uma missa, presidida por dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar de São Paulo e referencial do Sejusp, e concelebrada pelos bispos auxiliares dom Joaquim Justino Carreira e dom Tomé Ferreira da Silva, e alguns padres.
Na homilia, dom Tarcísio ressaltou a Solenidade de Todos os Santos, celebrada neste domingo no Brasil. “Somos uma grande multidão de santos”, afirmou o bispo, lembrando que o Beato João Paulo 2º sempre dizia para os jovens: “Sede santos!”.
“Hoje nós celebramos aquela multidão que está no coração de Deus. Que estão diante de Deus e que conduzem a sua vida diante de Deus”, completou dom Tarcísio.
No final da missa, jovens homenagearam Nossa Senhora e mulheres que marcaram a história pelo seu testemunho – Zilda Arns, Santa Paulina, Beata Dulce dos Pobres, irmã Dorothy Stang, e Maria da Penha (que deu nome à lei que tornou mais rigorosa a punição para os casos de agressão às mulheres).
Veja a cobertura completa do DNJ 2011 na edição de 8/11 do jornal O SÃO PAULO.
Cardeal Scherer saúda jovens
O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, compareceu ao evento, mas não presidiu a missa, pois está se recuperando de uma forte gripe, que o impossibilita de falar por muito tempo. Mas ele não deixou de, logo no início da missa, deixar sua saudação à juventude.
Dom Odilo recordou a realização do Bote Fé e ressaltou que o evento foi um momento muito importante da juventude de São Paulo e do Brasil. “Vocês [jovens] acolheram a Cruz da jornada, dando início à preparação da Jornada Mundial da Juventude do Brasil, que será realizada em 2013”.
O cardeal motivou os jovens acompanharem esse momento de preparação da JMJ. “Seria muito bonito que os jovens ficassem ‘ligados’ à passagem da Cruz pelos muitos lugares por onde ela vai peregrinando”, afirmou dom Odilo, lembrando, ainda, que antes da jornada, também haverá as pré-jornadas e possivelmente a Arquidiocese acolherá muitos peregrinos de vários países.
O arcebispo também convidou os jovens a aderirem às propostas do Setor Juventude arquidiocesano, “para que a juventude possa estar no compasso da vida da Igreja aqui em São Paulo”.
“Nós queremos ser Igreja discípula missionária na cidade de São Paulo, diante das muitas problemáticas que nós temos”, salientou dom Odilo, chamando a atenção para o fato de que a fé não está sendo transmitida para as novas gerações. “Quantos jovens não estão mais ligados à Igreja. Muitos jovens casais não batizam mais as crianças. Não levam mais as crianças para a Iniciação à Vida Cristã”, afirmou dom Odilo, exortando aos jovens a não perderam de vista a responsabilidade de evangelizadores da família.