Arquidiocese de São Paulo abre 1° Congresso de Leigos
Com o tema “Cristãos leigos: discípulos e missionários de Jesus Cristo na cidade de São Paulo” e o lema “Vós sois o sal da terra… vós sois a luz do mundo”, a Arquidiocese de São Paulo iniciou na segunda-feira, 25, seu 1° Congresso de Leigos. O lançamento do Congresso aconteceu durante a cerimônia pelos 456 anos da capital paulista, em missa na Catedral da Sé que também marcou a festa patronal da Arquidiocese. A celebração foi presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo.
Cerca de 3.500 pessoas participaram da missa, que contou com a presença do vice-presidente, José Alencar, e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
O Congresso Arquidiocesano de Leigos surgiu em 2007, quando a Assembleia das Igrejas do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) propôs às dioceses a realização de eventos que procurassem articular e envolver mais os leigos na vida e na missão da Igreja.
Desde então, o laicato da Arquidiocese de São Paulo vem promovendo uma série de reuniões para tornar possível a realização de um evento que pudesse responder a este chamado do Regional Sul 1 que, na verdade, ecoava a convocação da Conferência de Aparecida – para a retomada da consciência da condição de discípulos-missionários.
A convocação de todo o laicato de São Paulo para o Congresso, redigida pelo cardeal dom Odilo, foi lida durante a missa pelo secretário-executivo do vento, Edson Silva. O Congresso deverá ser realizado ao longo de todo o ano de 2010, em três diferentes âmbitos. Logo em seguida, a Comissão Central, recém constituída pela leitura da convocação, recebeu das mãos do cardeal o regulamento do Congresso.
Numa primeira etapa, todas as comunidades e paróquias, pastorais e movimentos, novas comunidades e organizações laicais deverão conhecer e estudar o texto base do Congresso, que será lançado no dia 13 de março. O documento será a referência teórica para a realização do Congresso e já deverá trazer algumas indicações práticas.
Até maio, nesta primeira etapa, todas as 300 paróquias da Arquidiocese de São Paulo deverão ter se envolvido no processo do Congresso. Esta é uma das etapas mais importantes do evento e a participação dos leigos, nas comunidades e paróquias, é fundamental. Um dos objetivos do Congresso é justamente oferecer para aqueles leigos que apenas frequentam as missas dominicais, sem engajamento pastoral, uma possibilidade de refletirem sobre a importância da participação mais ativa deles na missão evangelizadora da Igreja. Como tem repetido o cardeal dom Odilo nas reuniões de preparação para o Congresso, “lá onde a Igreja não pode estar presente de maneira institucional e organizada, são os leigos os responsáveis por tornar o Evangelho conhecido”.
A segunda etapa deve acontecer nas seis regiões episcopais com a realização de oficinas temáticas nos meses de junho, julho e agosto. Essas oficinas serão oportunidade de mapear a atuação dos leigos nas diversas áreas da sociedade e da Igreja, a partir do que será proposto um projeto missionário para a Arquidiocese. As oficinas tratarão de abordar a vida e a missão dos leigos nos diferentes ‘mundos’ da metrópole – como é o caso da saúde, da educação e da comunicação social, por exemplo.
Deverão ser realizadas mais de 60 oficinas regionais. Em cada uma delas, serão eleitas delegações de dez pessoas. Essas delegações comporão as oficinas arquidiocesanas, que serão realizadas nos meses de setembro e outubro. Esta é a terceira etapa. Nas oficinas, espera-se que os leigos possam sair com projetos de atuação naquelas áreas específicas.
Finalmente, em novembro, na data em que a Igreja no Brasil celebra o Dia do Leigo, na solenidade de Cristo Rei, 21, acontece, no ginásio do Ibirapuera, o encerramento do Congresso. Na parte da manha, a partir das 9h, os participantes do processo ao longo do ano deverão pensar e votar proposições que serão articuladas em um documento final. À tarde, acontece uma grande celebração eucarística marcando o encerramento do Congresso.