Em novembro se ora por todos os falecidos, santos e pecadores
Pe. Cido Pereira
No primeiro dia do mês de novembro, a Igreja Católica celebra o Dia de Todos os Santos. Trata-se de uma forma de se fazer memória de todos aqueles que, pelo seu compromisso cristão levado até as últimas consequências, atingiram a santidade, vocação de todos os batizados. A Igreja, com a festa de todos os santos, homenageia aqueles que, pela santidade de vida reconhecida pelo povo cristão e pela própria Igreja, após rigoroso processo de averiguação, foram merecedores da honra dos altares e da veneração de todos.
Entretanto, há uma infinidade de homens e mulheres que contemplam a face de Deus e não são conhecidos. Por isso a Igreja, que celebra o dia da morte dos santos como o dia de sua entrada na glória, decidiu celebrar todos os santos, beatificados e canonizados ou não, no dia 1º de novembro.
No Brasil, para que as pessoas possam participar intensamente dessa solenidade, a Igreja transfere a celebração de Todos os Santos para o Domingo seguinte ao dia 1º; neste ano, será no dia 6.
Dia de Finados
A reflexão da Igreja não para por aí. Por sua fé “na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna” ela, além de prescrever a oração pelos mortos no 3º, 7º, 30º dia e no aniversário da morte de um fiel, entende que, no dia 2 de novembro, devem ser lembrados com missas e orações todos os fiéis falecidos. Desta forma, os três níveis de Igreja – militante, padecente e triunfante – se mantêm em comunhão (creio na comunhão dos santos), cada fiel e todos são confiados à misericórdia infinita de Deus (creio na remissão dos pecados), para que Deus os ressuscite no último dia (creio na ressurreição da carne) e os introduza na eternidade feliz (creio na vida eterna).
A Comemoração de todos os fiéis defuntos, popularmente conhecida como Dia de Finados, foi inicialmente celebrada nos mosteiros dirigidos pelo abade Odilon de Cluny, no século 10º. Somente no século 14 ele passou a fazer parte do calendário da Igreja. São concedidas indulgências aos que visitarem os cemitérios e participarem da missa na intenção dos falecidos.
A saudade, o carinho, o amor e o respeito pelos mortos no Dia de Finados ficam claros na visita aos cemitérios, nas velas que se acendem, nas flores com que se cobrem os túmulos, nas orações silenciosas ou em comum que se fazem junto a eles, e no silêncio e nas lágrimas dos fiéis.
Celebrações
Em todos os cemitérios da cidade estão programadas missas e celebrações. No Cemitério Gethsêmani Anhanguera, o arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, preside missa às 10h.
Um folheto para que a família ore junto ao túmulo de seus entes queridos está sendo distribuído a todas as comunidades. Nele é lembrada a importância de se orar pelos mortos e é proposta uma oração para que a família se una junto ao túmulo dos entes queridos.