Homenagem ao missionário Pedro Yamaguchi Ferreira

A Igreja de São Paulo presta homenagem ao missionário leigo Pedro Yamaguchi Ferreira, de 27 anos, que morreu no Amazonas. Na terça-feira, 1º de junho, ele saiu para se banhar no rio Negro e não voltou para casa. Pedro, filho do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) e de Alice Yamaguchi, estava na diocese de São Gabriel da Cachoeira desde fevereiro atuando como advogado da Pastoral Indigenista. Antes, tinha trabalhado na Pastoral Carcerária de São Paulo.

Veja o discurso que fez ao se despedir da cidade:

Queridos familiares, amigos e amigas

Em primeiro lugar, quero dedicar essa missa a minha madrinha Glaucia, que nos deixou há uma semana. Tenho um sentimento de que ela vai olhar por nós e alegrar um pouco mais o céu. As maiores lembranças que tenho dela são o seu sorriso e sua luta pela causa ambiental. De alguma forma, sinto que posso dar seguimento ao que ela tanto ensinava como geografa e professora. Essa missa é em memoria dela.

Quero agradecer a cada um de vocês pela presença nesta noite, isso representa muito pra mim e me dá muita força para seguir a caminhada. Celebramos hoje, na Igreja da Boa Morte, a vida, a esperança de dias melhores.

Sei que não estamos reunidos esta noite por mim apenas: todos os que estão aqui querem um mundo melhor para si; para seus filhos. Todos queremos paz, alegrias, amizade, justiça. Este encontro serve para renovarmos nossos sonhos.

Agradeço de forma especial as pessoas que prepararam com tanto carinho essa missa: a Marcelo da Pastoral da Juventude, a Pe Valdir e dona Vera, a toda a comunidade alianca da Misericordia, nas pessoas de Pe Enrico e Antonelo, ao pessoal da banda e a todos e todas que permitiram que esta noite acontecesse. Pe Valdir, aliás, que foi o pai desta minha ideia de ir pra Amazânia. Desde fazer contato com o bispo de São Gabriel da Cachoeira, até falar com todos os padres e irmãs para que autorizassem meu envio. Muito obrigado por toda a ajuda, Pe Valdir.

Quero saudar meus amigos da alianca da misericórdia. Por ceder essa igreja, que é vossa casa.

Saibam que vocês têm enorme influência na minha vida e nessa minha decisão: desde o primeiro momento, quando conheci um montão de jovens que moravam na favela do moinho e faziam pastoral carcerária, logo fiquei encantado com o que vi.

Eram jovens dedicando suas vidas a melhorar a realidade dos mais marginalizados: os moradores de favelas e os encarcerados.

Nas muitas vezes que estive com eles, sempre me identifiquei com aquela vocação e sentia alguma coisa arder mais forte no meu peito. Sabia que faria algo parecido.

Vocês vivem a solidariedade na essência na palavra, vivem pela causa social com compromisso e verdade.

Parabéns e muito obrigado pelo exemplo.

Quero abraçar todos meus familiares. Meus tios e tias, pais e mães pra mim, e meus irmãos. Meus primos e primas, que são meus outros irmãos e irmãs. Carrego voces no coração, assim como carrego a lembrança de meus quatro avós, os quais tive a enorme felicidade de conhecer e conviver. Sinto que eles estão comigo. Sempre os senti por perto e sei que eles nos protegem. Dedico também a eles minhas alegrias.

Brindo com todos meus amigos e amigas, da rua, de colégio, de faculdade, das lutas, da vida. Pela amizade e companheirismo. Obrigado por me ensinar. Espero que nossa amizade possa ser preservada e se fortalecer ainda mais, nos sentimentos de solidariedade com os outros, no amor pelo país, na luta por mais igualdade social, autonomia e liberdade das pessoas e tolerência com as diferenças. Tamo junto!

Aos amigos dos meus pais, que se tornaram meus amigos. Obrigado por todo exemplo de luta e dedicação a uma militância que exigiu muito tempo do lazer e conforto de vocês e de suas famílias. Carrego vocês comigo também! Muito obrigado pela presença.

Agradeço o carinho dos amigos de Carlos de Foucault. Obrigado pela amizade e acolhida. Terei mais oportunidade de conhecer os ensinamentos de Foucalt. De alguma forma, já me sinto muito influenciado por essa espiritualidade, desde minha infância, através de meus pais, e agora, por todo esse processo da minha decisão, quando estive rodeado por vocês. Muito obrigado.

Quero agradecer, de forma muito especial aos meus queridos amigos e amigas companheiros de Pastoral Carcerária. Obrigado pela oportunidade que me deram, por confiarem e apostarem em mim. Pela amizade e paciência que tiveram comigo. E, sobretudo, pelo exemplo de fé e compromisso com a causa carcerária e humana. Vocês são verdadeiros guerreiros, pessoas iluminadas. Faltam palavras pra descrever tudo o que vivi nestes 3 anos de Pastoral. Quero, do fundo do coração, agradecer a oportunidade de ter compartilhado com vocês momentos dos quais nunca esquecerei. A presença missionária dentro da Pastoral influenciou a minha escolha. Carrego vocês, os presos e as presas, comigo. Que tenhamos dias melhores, em que nossa sociedade respeite os direitos dos cidadãos presos. Muito obrigado!

Aos meus queridos pais, também faltam palavras. Obrigado pelo exemplo, por nos ensinar a olhar pelo outro, a ter consciência do mundo em que vivemos, a lutar por nossos sonhos. Muito obrigado por serem parceiros comigo e com meus irmãos em nossas investidas, em nossos projetos.

Amo muito você, pai e você, mãe.

Aos meus queridos irmãos, todo meu amor e amizade. Vocês são pessoas especiais pra mim, trazem mais energia pra minha vida, são minha sustentação.

Espero estar tão perto de todos vocês mesmo estando longe. Carrego vocês nesta luta. Desde já peço perdão pelas vezes que precisarem de mim e que estarei ausente. Obrigado pelo apoio.

Essa minha decisão de viver essa experiência na Amazônia é fruto do convívio com a realidade dos cárceres e a realidade social em sua forma mais cruel, o lado B de nosso País: o País dos esquecidos, dos humilhados. Pude estar em contato com a miséria da miséria, a injustiça, a segregação social e racial, a dor, o esquecimento. Ter visto de perto situações desconhecidas pela maioria das pessoas, ter conhecido um País que ainda maltrata seus cidadãos, tudo isso me despertou pra necessidade de luta, de trabalho para a profunda transformação dessa realidade.

De forma geral, vejo os poderes de Estado ainda muito elististas. Não conhecem de verdade a realidade de seu povo, a pobreza, a falta de dignidade e cidadania que sofrem milhões de cidadãos, não conhecem os cárceres. Mantêm-se distantes daquilo que deveria ser a essência de seu trabalho: o bem comum do povo, sobretudo daquele que mais necessita das instituições para a garantia de seus direitos. Privilegiam o status, o poder, as facilidades materiais em detrimento dos direitos fundamentais das pessoas.

As leis, a Constituição Federal infelizmente não são as mesmas para todos. A justiça é justa para poucos. Os direitos de alguns são mais importantes que de outros. Lutar pela terra é crime. Mas não é crime a situação daquela pessoa que vive em condicoes sub-humanas nas favelas, sem dignidade nenhuma, sem comida. Furtar é crime. Mas não é crime quando o Estado amontoa milhares de presos e presas numa lata, os tortura impunemente, e viola todos seus direitos previstos nas leis. Temos dois Países: o País dos privilegiados, dos que têm acesso à riqueza, à cultura, ao lazer, aos bens materiais, às melhores oportunidades e o País dos esquecidos, que não têm direitos, não têm oportunidades, e ainda são criminalizados.

Devemos mudar, acredito que estamos avançando, mas é preciso muito mais, não podemos permitir retrocessos nas conquistas dos direitos.

Precisamos acabar com a segregação racial. Vejamos os direitos dos índios, como têm dificuldade para ser implementados. Vejamos a diferença entre os salários de negros e brancos. Vejamos os preconceitos que os nordestinos ainda sofrem no sul. A discriminação que sofrem as mulheres. Isso tudo ainda existe, é verdade, tristemente sentido no cotidiano.

Somos um País extremamente desigual na distribuição de renda. Somos top 10 no ranking de desigualdade. Num país com 200 milhões de habitantes, os 10% mais ricos detêm 50% da riqueza. Os 10% mais pobres, apenas 1% dessa riqueza. Os moradores de favelas pagam proporcionalmente mais impostos que os ricos.

4 milhões de famílias no Brasil precisam bos benefícios de uma reforma agrária. Sem contar outros milhões que vivem em condições sub-humanas e que precisam de mudanças.

Nosso mundo tem 1 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, com menos de 2 dólares por dia. No Brasil, são 7,5 milhões de pessoas que vivem na linha da pobreza.

Para mudar essa realidade, precisamos democratizar cada dia mais o poder econômico e o poder político. Não permitir que o capital econômico mande nas políticas dos países, em detrimento das conquistas e avanços sociais.

Não dá para ficarmos tranquilos diante de tanta injustiça. Por que preferimos a anestesia à luta? Por que não deixemos de lado um pouco nosso conforto para pensarmos e agirmos por uma sociedade melhor?

Viajo para a Amazônia para colaborar, como cidadão e advogado, com as comunidades ribeirinhas, os índios, a questão ambiental. A discussão que está em voga hoje é a ambiental e, realmente, ela se faz necessária e urgente.

A natureza cada vez mostra com mais forças seu poder e sua revolta contra o que fazemos com ela. Utilizamo-la com interesse econômico e sem preocupação com os demais seres que nela vivem. Não nos preocupamos com o amanhã. E ela não está feliz com isso. Lembremos dos tsunamis, dos furacões, dos terremotos, dos deslizamentos.

Olhemos para nossa cidade de São Paulo, nesse mês de janeiro, o tanto que choveu. Os estragos das chuvas nos lugares mais precários. Infelizmente os efeitos climáticos atingem de forma pior os mais pobres, os que moram em áreas de risco, nas beiras dos rios.

Insistimos em desmatar nossas florestas. Somos o 5º pais no mundo que emite mais gases poluentes e 75% desses gases vêm do desmatamento. Matamos nossa floresta para alimentar o mercado externo, americano e europeu. Faz sentido isso?

Do que adianta exercitarmos uma consciência ecológica se não questionamos nosso próprio anseio consumista que desgasta a capacidade da natureza e acelera a degradação do meio ambiente? Devemos exigir de nos sacrifícios pelo bem da sobrevivência da natureza e nossa também.

Apenas para exemplificar, com situações cotidianas: será que precisamos ter 50 pares de sapatos em nossos armários? Dezenas de peças de roupas que depois ficam armazenadas? Será que todos precisamos de carro em detrimento do transporte público? Precisamos tomar duas vezes ao dia banhos de 30 minutos? Devemos pensar que nosso padrão de consumo gera desigualdades e agride a natureza, e é preciso abdicar desse modelo.

Sinto nessa minha escolha um pouco de negação, ainda que temporária, do modelo civilizatório ocidental consumista e destrutivo em que vivemos – e, pior, que achamos bom. Desejo buscar na natureza, com os índios, valores humanos que se sobreponham às ilusões da civilização.

Penso que, diante de toda a realidade miserável que pude ver, não posso ficar inerte, tocando minha vida como se a vida do outro nada tivesse a ver com a minha. Me sinto na obrigação de colaborar com nosso povo.

Não é preciso ir até a Amazônia para mudar essa realidade social brasileira. A cidade de SP está cheia de problemas a serem resolvidos, e todos vocês podem colaborar para mudar essa situação. Visitem a favela do moinho, o jardim pantanal, uma unidade prisional. Certamente lá existem muitos problemas e as pessoas precisam de ajuda!

Mas, nem só de lutas vive o homem. Quero viver, escrever uma gostosa poesia de minha vida. Poder respirar um ar puro, contemplar a mata e os animais, estar em contato com culturas diferentes, jogar mais futebol, estar no paraíso natural. Como diz a poesia do sambista Candeia, cantada na voz de Cartola: “deixe-me ir, preciso andar, vou por aí a procurar, sorrir pra nao chorar. Quero assistir ao sol nascer, ver as águas do rio correr, ouvir os pássaros cantar, eu quero nascer, quero viver”.

Para terminar, dois lindos poemas do nosso querido dom Pedro Casaldaliga, grande figura que me inspirou profundamente e a quem tive a enorme felicidade e privilégio de conhecer em São Felix do Araguaia:

Pobreza Evangélica

Não ter nada.
não carregar nada.
não poder nada.
e, de passagem, não matar nada;
não calar nada.
Somente o Evangelho, como uma faca afilada,
e o pranto e o riso no olhar,
e a mão estendida e apertada,
e a vida, a cavalo, dai.
E este sol e estes rios e esta terra comprada,
para testemunhas da revolução ja estourada.
E mais nada.

Epílogo Aberto

Atenho-me ao dito:

A justiça,
apesar da lei e do costume,
apesar do dinheiro e da esmola.

A humildade,
para ser eu mesmo, verdadeiro.

A liberdade
para ser homem.
E a pobreza
para ser livre.
A fé, cristã,
para andar de noite,
e, acima de tudo, para andar de dia.

E, seja como for, irmaos,
eu me atenho ao dito:
a Esperança.


Deixo aqui um convite para que todos venham visitar a Amazônia. Para quem quiser conhecer o paraíso. Não se arrependerão. As portas lá sempre estarão abertas a vocês. Espero vocês numa visita.

Muito obrigado por virem, quero dar um abraço em cada um de vocês!


A seguir, reproduzimos o vídeo exibido na despedida do missionário em fevereiro:

6 Comentários

  1. estela campos
    jun 06, 2010 @ 16:16:51

    Muito triste a partida de um jovem com tanta vontade de fazer o bem aos menos favorecidos pela discriminaçao social . Que DEUS de conforto a seus pais e familiares .

  2. Helena Y. Imamura Misawa
    jun 07, 2010 @ 09:41:45

    Não tenho palavras que possam expressar a tristeza que eu senti pela partida desse jovem tão maravilhoso que tinha a idade da minha filha e que como ele luta por uma sociedade mais justa e fraterna. Lembro agora que no dia 20 de Abril (Comemoração do Jubileu de Prata do Padre Júlio), estávamos na mesa com a Dona Célia e Sr. Waldemar Rossi e você Paulo, falou com carinho da sua família e disse que sua esposa também era nissei.Que Deus abençoe e dê muito conforto para você , sua esposa e todos os familiares. Um grande abraço da Helena, Kiyo, Maira e Rafael.

  3. Alexandre Leone
    jun 07, 2010 @ 11:13:21

    Dep. Paulo Teixeira, estive nesta última 6a. feira junto com o Pe. Júlio na catedral fazendo a última homenagem ao seu filho, uma pessoa de luz própria que me fez pensar sobre o que somos e vivemos, um rapaz de muitas virtudes que dedicou sua vida ao próximo. Me coloquei em sua posição e imaginei o quanto é duro aceitar estes desígnios que Deus colocou em suas vidas, sua e de sua família. Vi nos olhos da sua esposa muita força e em seus filhos o amor pelo irmão, realmente não consegui segurar minhas lágrimas, poderia como apenas seu eleitor passar, cumprimentá-lo e ir embora, porém abracei a todos rezei por sua consolação. Pedi pela alma pura do Pedro muita paz e por sua família. Quando cheguei em minha casa, encontrei minha esposa chateada também pelo ocorrido e fui ao quarto de meu filho mais velho, e lhe dei um beijo, ele me pergunto, porque isso, e eu respondi, sei que a vida é curta e não poderia deixar de fazer isto, pois um amigo, perdeu seu filho querido e sei que eu beijando você estarei fazendo o mesmo por ele. Nunca devemos deixar de demonstrar amor no hoje. Quero expressar todo o meu pesar e meus sentimentos mais profundos de carinho. Alexandre, Angélica, Thiago, Thatiana e Thaís.

  4. Etienne Cristina
    jun 07, 2010 @ 14:52:42

    Paulo e Alice, quero neste momento de dor profunda, dizer á vocês que estou em oração para que o SENHOR possa confortá-los. Saibam que foram escolhidos por DEUS para receberem um anjo para chamá-los de Pai e Mãe. De tempos em tempos DEUS envia um anjo à Terra, e vocês tiveram a bênção de receber o Pedro. Apesar de tantos anos sem ver o Pedro, me lembro dele com muito carinho. Durante nossa infância, brincamos muitas vezes juntos. Por eu ser a mais velha, quando vocês e meus pais saiam para reuniões, me deixavam responsável pelas crianças, o Pedro era sempre o líder das brincadeiras. Só tenho recordações felizes daqueles tempos. Ele foi um ser muito especial e sem dúvida cumpriu sua missão aqui. Assim como minha Zildinha que também foi um anjo enviado. Mas após nos ensinarem coisas boas, o SENHOR os quer de volta alegrando o céu. E assim ficamos nós aqui, com a saudade, os bons ensinamentos e boas lembranças. Depois de sofrer muito com a perda da Zilda, aprendi que devo agir diferente, agradecer à DEUS por ter me presenteado com a presença dela em minha vida. Se vocês perceberem a vida por este lado, terão mais força para entender os proprósitos e mistérios que o SENHOR têm para nossas vidas.
    Abraços na Ana, no Caio, Lalá, Júlia e Manu.

    Com carinho

    Etienne

  5. carlos Alberto Beatriz
    jun 07, 2010 @ 22:39:37

    A missa de sétimo dia em memória do Pedro Yamaguchi Ferreira foi muito comovente. A Catedral, novamente cheia, até com autoridades em pé. O povo esteve lá e rezou com fervor.
    Pedro recebeu todas as homenagens e as mais profundas orações. O pai e seus irmãos resgataram parte de sua memória mais recente, com as realizações em favor dos menos favorecidos e a busca para, com gestos firmes, mostrar que é possível transformar nossa sociedade. A serenidade da mãe Alice, dizendo que Pedro, destacadamente sempre queria a alegria, confortou a todos. O legado do Pedro mostrou-se gigante em favor dos pequenos. Por isso todas essas homenagens, pelo carinho ao pai Paulo, mas, sobretudo pela luz própria e pelas realizações do Pedro.
    Pedro fez a opção pelos pobres. Se tivesse oportunidade, certamente estaria nos navios para levar alimento aos Palestinos. Deste Brasil, depois de toda a disponibilidade para sofredores pobres do cárcere, escolheu na condição de missionário, aqueles que estavam mais distantes e igualmente carentes, os nossos irmãos índios da Amazônia.
    Agora, com sua alegria, mais um intercessor junto a Deus.
    Carlos

  6. marcia
    jun 08, 2010 @ 23:50:12

    Que DEUS dê o conforto aos pais,irmãos , irmãs e amigos deste jovem tão corajoso,pq só Deus é capaz de conforta-los..
    Márcia.