Irmã Dulce

13 de Março

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu no dia 26 de maio de 1914, na Bahia, Brasil. Era a segunda filha do casal, Augusto Lopes Pontes, e Dulce Souza Brito, que já tinha quatro outros filhos. Sua mãe morreu aos vinte e seis anos, quando ela tinha apenas seis anos de idade, porém, teve uma infância feliz, com os irmãos e os parentes, que procuravam compensar a grande perda. Certo dia, a menina foi com uma tia materna visitar os pobres de um convento. Foi diante de tanta privação e sofrimento que a pequena decidiu: “Quero ser freira e dedicar minha vida aos pobres”. E isso ela nunca esqueceu.

Maria Rita se desenvolveu pouco fisicamente, tornou-se uma mulher pequenina e de aparência muito frágil. Mas aos dezenove anos, após diplomar-se professora, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe e, aos vinte anos, fez sua profissão religiosa, assumindo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe.

Determinada a atender os mais carentes, voltou à Bahia em 1934, iniciando um trabalho de assistência à comunidade pobre de Alagados e Itapagipe. Nesse mesmo ano funda a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário de Salvador. A imprensa começa a chamá-la de Irmã Dulce dos Pobres, o anjo dos Alagados. Em 1937, fundou o Círculo Operário da Bahia.

Decidida a acolher os doentes que a procuravam, Irmã Dulce os abrigava em casas abandonadas e, em seguida, saía em busca de alimentos, remédios, assistência médica e ajuda financeira dos comerciantes e pessoas amigas. Seu lema era: “Amar e servir o mais necessitado entre os necessitados, como se acolhesse
o próprio Cristo”.

E, sob esse escudo, Irmã Dulce iniciou seu trabalho assistencial num albergue improvisado em 1946, no galinheiro do convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, para acolher setenta doentes que ela havia recolhido nas ruas de Salvador. Atualmente, a Associação Obras Sociais Irmã Dulce é a maior ONG de saúde no Norte e Nordeste e a nona do Brasil, atendendo, em seus onze núcleos, mais de um milhão de carentes por ano, um trabalho inteiramente gratuito. Nessas Obras Sociais estão portadores de deficiências, idosos, crianças, adolescentes, mendigos, alcoólicos, toxicômanos e todos os que vivem à margem da sociedade.

Para construir sua obra, Irmã Dulce contou com o apoio do povo baiano, de brasileiros dos diversos estados e de personalidades internacionais. No dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra. Quatro anos depois fundou a Associação Filhas de Maria Servas dos Pobres. E em 1988, foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz.

Em 20 de outubro de 1991, na segunda visita ao Brasil, o Papa João Paulo II fez questão de visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada no seu leito de enferma, no Convento Santo Antônio. Aos 13 de março de 1992, Irmã Dulce faleceu, com setenta e sete anos de idade. A fragilidade dos últimos trinta anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente, tinha setenta por cento da capacidade respiratória comprometida, não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e respeitadas instituições filantrópicas do país.

Por esse exemplo de vida, a Igreja Católica abriu o processo para a beatificação de Irmã Dulce, em 2000. No final da fase diocesana, após um ano e meio, o Papa João Paulo II a distinguiu como Serva de Deus. E quando se der sua beatificação, sem dúvida será celebrada uma vida inteira de testemunho de que a fé e o amor são capazes de superar as piores dificuldades.

O Memorial Irmã Dulce guarda hoje cerca de dois mil relatos documentados de graças alcançadas por baianos, pessoas de outros Estados e até de outros países, concedidas por intercessão de Irmã Dulce, que atestam a sua fama de santidade ainda em vida e as virtudes heróicas do “Anjo Bom da Bahia”, como a freira, já no final da vida, era reconhecida.

A 21 de Janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano  anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável.

A 03 de Abril de 2009, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heróicas E a qualquer momento pode ser uma Santa “Santa Irmã Dulce”

  

Memorial Irma Dulce

2 Comentários

  1. MARCELO CRUZ VIEIRA
    maio 04, 2010 @ 20:20:40

    MEU NOME É MARCELO CRUZ VIEIRA;TENHO 53 ANOS DE IDADE; NASCI NA LINDÍSSIMA PENÍNSULA DE ITAPAJIPE – SALVADOR- BAHIA – BRASIL; SOU ADVOGADO HÁ APROXIMADAMENTE 30 ANOS DE EXERCÍCIO NA FUNÇÃO; MUDEI – ME PARA A PITUBA POR VOLTA DE 1982 E PASSEI A MORAR NUM AP DE 2 QUARTOS COM A MINHA MÃE E UMA TIA AVÓ A QUAL TAMBÉM AMAVA, TALQUAL A MINHA MÃE; NÃO ME ADAPTEI, POIS, SEMPRE VIVI EM UM QUINTAL MUITO GRANDE NA RIBEIRA SOLTO FEITO UM ANIMAL SELVAGEM.

    MAS, O QUE IMPORTA É QUE SEMPRE TIVE VONTADE DE OFERECER ALGUMA AJUDA A ESTA SAGRADA E CONSAGRADA OBRA DA “SANTA IRMÃ DULCE”, PERSONALIDADE QUE TIVE O PRIVILÉGIO DE CONHECER E SER ABRAÇADO DESDE A MAIS TENRA IDADE, HAJA VISTA QUE OS MEUS AVÓS MATERNOR FERNADO E ANTONIETA, FALECIDOS, PESSOAS EXCELENTES E BASTANTE CARIDOSAS, AJUDARAM A NOSSA SANTA IRMÃ DULCE. FOI POR CAUSA DELES QUE FUI AGRAÇACIADO POR DEUS TER ME DADO O DIREITO DE SENTIR DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO A FÉ QUE TENHO EM TUDO DE BOM QUE NOS PROPORCIONA O CATOLICISMO.

    ENTREM EM CONTATO COMIGO E, SE FOR POSSÍVEL ENVIEM-ME BOLETO PARA QUE POSSA DEPOSITAR MENSALMENTE UMA MIGALHA QUE SOMADA ÀS DEMAIS DOAÇÕES PODE SE TRANSFORMAR EM QUANTIA SUFICIENTE PARA SUSTENTAR UMA PARTE DESTA SANTA E SAGRADA OBRA DA NOSSA IRMÃ DULCE.

    ATENCIOSAMENTE,
    MARCELO CRUZ VIEIRA

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