Fernando Altemeyer Jr.

Em primeiro de dezembro de 2013, começamos o tempo litúrgico conhecido como tempo de Advento, que é momento exato, solene e mistico para viver a preparação do nascimento de Jesus Cristo. Os supermercados já começaram isto em outubro, pela fome de lucro e hiper consumo. Caímos na superficialidade e podemos chegar em janeiro de 2014 ainda mais vazios e decepcionados.

A tradição sadia é a de gerar expectativa por algo vivo, quente, próximo, verdadeiro que não são mercadorias ou produtos ou fugacidades.

A Igreja há séculos pede que se faça uma COROA DE ADVENTO. É um símbolo de quatro tempos para preparar, ouvir Deus, aquietar-se e superar a pressa e o estresse. Em muitos países se ornamentam igrejas e casas com alguns ramos de um pinheiro em formato de uma coroa ou guirlanda adornado com quatro velas na forma de uma cruz pequenina que querem prenunciar a vida nova de Deus em cada pessoa humana. Assim o nascer de Deus se faz uma festa em cada família. O Verbo se fez carne e Deus se encarna no seio da Virgem Maria. Deus vem visitar nossas famílias, cidades, favelas, ruas, cortiços e casas para suavemente entrar em nossa vida. Estas velas simbolizam as grandes etapas da salvação e luz em nosso caminhar.

No primeiro domingo acende-se a vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. Eles morrem nesta terra mas serão chamados para viver com Deus. No segundo domingo, a vela representa a fé dos patriarcas. Foram aqueles que creram no dom da terra prometida. A terceira vela simboliza a alegria do rei David, que celebra a aliança e sua continuidade. Esta terceira vela sempre têm uma cor mais alegre, muitas vezes rosa, para distingui-la das outras três de cores mais sóbrias. A última vela simboliza o ensinamento dos profetas, que anunciam um reino de paz e de justiça. Acenda suas velas e prepare-se para o verdadeiro natal. Rompa e não caia na armadilha do consumo para manter-se sereno, tranquilo e feliz. Faça uma opção, realize um outro advento com um outro natal. Jesus não nasce em shopping! Lá a luz ofusca e as pessoas é que se tornam objetos. No Natal de Jesus, gente é gente e fica ainda mais gente.