Moradores de Rua de Fortaleza (CE) participam nesta quarta-feira do Ato pela Vida
Entidades e instituições que trabalham em favor da População de Rua de Fortaleza, no Ceará, realizam na tarde desta quarta-feira (19), um Ato pela Vida. O evento, que conta com a presença da população de rua e de outros grupos marginalizados, começa às 16h30 na Praça D. Pedro II, em frente à Catedral Metropolitana da cidade. Cerca de 100 pessoas, entre população e agentes das entidades e pastorais sociais, são esperadas.
Durante o ato serão lembrados os casos de violência que marcam o cotidiano dos moradores de rua de Fortaleza. Haverá também ato celebrativo em favor da vida. Na ocasião será lida uma carta escrita por um morador de rua reivindicando maior atenção do poder público e da sociedade em geral para as necessidades desta população.
De acordo com o assessor da Pastoral do Povo de Rua de Fortaleza, padre Lino Allegri, manifestações como essa são importantes para conscientizar os moradores de rua sobre seus direitos de terem uma vida digna e de serem respeitados e incluídos na sociedade. “Esses momentos fazem com que esse “povo invisível” se sinta mais unido e se organize”, informa o assessor.
Surgido há três anos na capital cearense, em memória às vítimas do massacre ocorrido na cidade de São Paulo em 2004, o Ato tem o objetivo de denunciar toda a violência que o povo de rua sofre, não só em São Paulo ou em Fortaleza, mas em todo o país.
Neste ano em que completa cinco anos do massacre, em todo o Brasil estão sendo realizados fóruns e manifestações em favor da vida e pelo respeito à população em situação de rua. Padre Lino reforça a importância dessas mobilizações como forma de pressionar o poder público no sentido de que é dever dos governantes dar oportunidades aos excluídos e garantir políticas públicas em prol desta fatia da sociedade. “Essa pressão faz com que o poder público se sinta chamado a pensar neste povo. O povo da rua também tem o direito à moradia e a saúde”, completa.
Segundo Fernanda Gonçalves, secretária executiva da Pastoral do Povo de Rua de Fortaleza, “o ato trata-se de um momento forte para fazer memória aos irmãos assassinados e vítimas de violência, para expressar nossa postura contra a impunidade e a exclusão, e trazer presente a luta da população de rua na promoção e defesa da vida e na formulação de políticas públicas”.