Morte e centenário de nascimento de Dom Helder é lembrado em cidades do Nordeste
No dia em que completa dez anos da morte de Dom Helder Câmara, e no ano em que é comemorado o centenário de seu nascimento, a Catedral da Sé de Olinda, em Pernambuco, realiza celebração amanhã (27) em homenagem ao bispo católico. Na ocasião também haverá o lançamento da “Cátedra dom Helder de Direitos Humanos” na Universidade Católica de Pernambuco. O presidente do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) e arcebispo de Aparecida (SP), dom Raimundo Damasceno preside a celebração.
Além do arcebispo, estarão presentes na homenagem, o novo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Nordeste 2, da Universidade Católica de Pernambuco, do Instituto dom Helder Câmara, entre outros. A celebração será às 19h, na Igreja da Sé de Olinda, local onde dom Helder foi sepultado.
Já na Paraíba, a diocese de Campina Grande e o Centro de Ação Cultural (Centrac) realizam programação especial para celebrar o centenário de nascimento do bispo católico que foi considerado o dom da paz e símbolo da luta pelos direitos humanos. O seminário “O Peregrino da Paz – os 100 anos de Dom Helder Câmara” abre as homenagens no dia 31 deste mês. A exibição de um documentário intitulado “Mensageiro da Liberdade” que retrata a vida e os ensinamentos do bispo também está incluído na programação.
Além do seminário também haverá a exposição “Dom Helder: Memória e profecia no seu centenário 1909 – 2009”. O trabalho artístico foi criado na França e cedido ao Brasil, por seu curador José Broucker. São 26 painéis com textos e fotografias que resgatam a trajetória do religioso. Os eventos são gratuitos e abertos ao público.
Dom da Paz
Cearense nascido em Fortaleza, no dia 7 de fevereiro de 1909, Dom Helder Camara foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também o único brasileiro indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz, recebeu 33 títulos de doutor honoris causa em universidades ao redor do mundo. Iniciou na vida religiosa aos 22 anos de idade.
Além da vida religiosa, Dom Helder lutou contra o autoritarismo resistindo ao regime militar. Trabalhou em prol dos menos favorecidos e buscou o respeito aos direitos humanos.