Novas tecnologias, novas relações
Dom Orani João Tempesta
Neste domingo, dia 24 de maio, comemoramos o 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Isso foi indicado pelo decreto “Inter Mirifica” do Concílio Vaticano II, um dos dois primeiros documentos conciliares a serem aprovados e promulgados. Foi o único dia criado pelo Concílio.
A simplicidade desse documento sobre as comunicações facilitou o posterior desenvolvimento e aprofundamento dessa questão no âmbito da Igreja. Ele abriu caminho para um novo tempo na compreensão desse tema no âmbito eclesial. O fato de ter sido o primeiro decreto aprovado pelo Concílio é um sinal eloquente sobre a importância que o tema já exercia na sociedade como, aliás, o comprovamos hoje.
Aqui no Brasil houve um tempo em que, por decisão da Assembléia dos Bispos do Brasil, esse dia era celebrado a 5 de maio, Dia Nacional das Comunicações. Como, porém, não teve a repercussão desejada, a mesma CNBB em uma outra Assembléia resolveu retornar às comemorações no dia apontado mundialmente. O dia escolhido é o sétimo domingo do Tempo Pascal, que no Brasil coincide com a celebração solene da Ascensão do Senhor.
Embora coincida com uma solenidade, celebrar nesse dia as comunicações sociais é fácil, pois a liturgia nos lembra a necessidade de irmos pelo mundo afora anunciando o Evangelho a toda criatura. Ao recordar a nossa missão permanente é claro que contemplamos que ela também deva se desenvolver, sabendo utilizar-se dos modernos meios de comunicação.
É claro que esse dia mundial não é apenas para pensar utilitariamente nos meios de comunicação, mas também para refletir sobre a comunicação como um processo importante da vida humana e que influencia cada vez mais a sociedade.
A partir da solicitação conciliar e da promulgação desse decreto, para comemorar essa data, todos os anos o Papa escreve uma mensagem, na qual sempre aprofunda um dos aspectos de nossa comunicação.
Neste ano o tema é “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade”. O Papa Bento XVI recorda justamente essa discussão aos que ele chama de “geração digital”. A constatação é óbvia: com as novas tecnologias hoje existentes o tipo de relacionamento entre as pessoas está modificado. E a pergunta que se faz diante dessa constatação é como se pode hoje promover uma cultura de respeito, diálogo e amizade dentro dessa nova realidade?
Recorda o Papa: “a facilidade de acesso a celulares e computadores juntamente com o alcance global e a onipresença da internet criaram uma multiplicidade de vias por meios das quais é possível enviar, instantaneamente, palavras e imagens aos cantos mais distantes do mundo: trata-se claramente de uma possibilidade impensável para as gerações anteriores”. E o Papa irá contemplar todos esses aspectos da interligação rápida e ver a importância da amizade, respeito e diálogo principalmente com relação à juventude, que tem mais facilidade nesse mundo de “redes”: “estas redes podem facilitar formas de cooperação entre povos de diversos contextos geográficos e culturais, permitindo-lhes aprofundar a comum humanidade e o sentido de corresponsabilidade pelo bem de todos”.
Este documento, apela aos jovens e é veemente: “senti-vos comprometidos a introduzir na cultura desse novo ambiente comunicador e informativo os valores sobre os quais se apóia a vossa vida”, e a “vós, jovens, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste ‘continente digital’, sabendo assumir com entusiasmo o anúncio do Evangelho aos jovens de vossa idade”.
Aproveito o ensejo para cumprimentar a todos os que no Brasil trabalham em nossas comunidades na Pastoral da Comunicação e também a todos os comunicadores dos diversos e inúmeros veículos de comunicação que fazem disso a sua faina diária.
Sabedores da importância dessa área, o nosso desejo é que saibam valorizar-se cada vez mais, fazendo uma comunicação que dignifique o ser e a vida humana, propondo, através desse trabalho, um mundo mais justo e humano onde a paz aconteça! É muito importante a área comunicacional hoje, e, com isso, cresce mais ainda a nossa responsabilidade em construir e não destruir as pessoas e o mundo. É neste âmbito que se joga o futuro de nosso planeta, por isso a importância de um dia como esse para refletirmos sobre os passos já dados e sobre os rumos a tomar para o futuro de nossas vidas.
Idê Maria da Cunha
maio 24, 2009 @ 21:05:53
Querido Pe. Júlio e paroquianos da São Miguel Arcanjo
Graça e Paz!
Hoje estive na Celebração Eucarística das 18:00h e como sempre, encontro essa comunidade com grande entusiamo, fazendo a memória de Jesus. Que maravilha poder celebrar com vocês…Que liturgia linda e bem participada! O Pe. Júlio, esse grande e querido pastor, com o seu toque amoroso, trás para o nosso coração o alento da Palavra de Jesus que nos orienta, nos consola, nos confronta e nos envia…
E assim a gente ganha novo ânimo para iniciar a semana que é tão dura e exigente para todos nós.
Obrigada, Pe. Júlio, pela sua palavra de pastor… Que Jesus, o bom Pastor, que hoje subiu ao céu, continue a nos guiar e orientar os nossos passos para o Pai de onde Ele veio e para onde Ele quer que, todos nós, um dia estejamos.
Com todo o meu carinho e amizade,
Irmã Idê Maria – FIC