Os mártires da UCA. Exigência e graça

Jon Sobrino

Tradução: ADITAL

Há vinte anos assassinaram aos meus irmãos jesuítas da Universidade Centroamericana (UCA), a Julia Elba e Celina. Eu estava na Tailândia e, regressando a El Salvador, tinha que passar por São Francisco (EUA). No aeroporto me esperavam, com rostos impávidos, Steve Prevett e Peggy O’Grady. Nas ruas de São Francisco, com um megafone na mão, Paul Locatelli condenava os assassinatos e Tessa Rouverol o acompanhava. Trouxeram-me para a Universidade de Santa Clara. A comunidade me acolheu como a um irmão e nela passei várias semanas. Ao chegar, encontrei oito cruzes plantadas em frente à Igreja. E quando um desalmado as arrancou, Paul Locatelli, imediatamente, as recolocou. Nunca esquecerei isso. Por isso, agora sinto-me como quem “volta para casa”.

Quero falar-lhes sobre esses mártires com agradecimento pelo que foram e fizeram; porém, também com a convicção de que é vital mantê-los vivos e de que seria fatal deixá-los morrer. Os mártires, eles e elas, nos confrontam com nós mesmos sem escapatória; iluminam as realidades mais profundas de nosso mundo e o que devemos fazer com ele. Temos que enfrentar os ídolos que exigem vítimas no ‘Terceiro Mundo’, apesar de que suas raízes mais profundas estão no ‘Primeiro Mundo’ e temos que trabalhar para reverter a história e, assim, salvar uma civilização que está gravemente enferma, como dizia Ignacio Ellacuría, a um mundo em transe de morte, como diz Jean Ziegler. Para os cristãos, os mártires nos assinalam, acima de tudo e sem temor de equivocar-nos, o caminho a seguir. São os que mais nos empurram para o seguimento de Jesus e melhor nos introduzem no mistério de seu Deus.

No mundo que denominamos ‘de abundância’, a palavra “mártir” produz estranheza; inclusive, repulsão. Porém, entre nós -e aqui aparece o paradoxo cristão- também produz luz, ânimo e agradecimento. Por isso não deveríamos permitir que a palavra “mártir” perda seu vigor. Deve manter-se como referente cristão e social insubstituível para humanizar este mundo. Exatamente como a luz de Jesus. Por essa razão, falarei agora sobre os oito mártires da UCA.

Para contextualizar, não somente no aspecto acadêmico, mas também no humano, começo recordando qual foi a reação de duas pessoas bem conhecidas ante suas mortes. Um, o Padre Arrupe. Quando os mataram, estava acamado, praticamente sem poder pronunciar palavra nem comunicar-se. Conta o enfermeiro que ao dar-lhe a notícia, “o Padre Arrupe começou a chorar”. Era tudo o que podia fazer; porém, no pranto o Pe. Arrupe ofereceu-se por inteiro. O outro, Noam Chomsky. Ao cumprir 80 anos, em março de 2009, um jornalista perguntou-lhe o que lhe dava forças para continuar na luta. “Imagens como essa”, respondeu. E apontou um quadro no qual aparece o Arcebispo Romero e os seus jesuítas da UCA.

Esses seres humanos tocam as fibras mais profundas de qualquer pessoa honrada. São uma referência vivificante. Certamente, os seis jesuítas e também Julia Elba e Celina, nos deixam sem palavras; nelas se faz presente o mysterium iniquitatis.

1. Quem foram

A injustiça da morte de pessoas inocentes de maneiras distintas. Mata pessoas como Dom Oscar Romero e Martin Luther King. E lenta ou violentamente, mata a grandes maiorias, aos camponeses de El Mozote, em El Salvador; antigamente, aos escravos das plantações de algodão.

Os jesuítas da UCA, mártires jesuânicos

Comecemos com os seis jesuítas. Depois da Conferência de Medellín, 1968, tocados pelo sofrimento do povo, “converteram-se”. Aceitaram que ser jesuíta é “lutar”, não somente trabalhar. “Lutar pela fé” e, mais surpreendente ainda, “lutar pela justiça”. A realidade exigia e assim está registrado no documento da CG XXXII (D 2.2). Sua morte confirmou o que a própria congregação havia previsto lucidamente: “Não trabalharemos na promoção da justiça sem que paguemos um preço” (D 4.46).

Os mártires da UCA o fizeram, cada um segundo seus talentos, e é bom recordar isso para que todos possamos nos sentir questionados e animados. Permitam-me detalhar. Ellacuría, 59 anos, filósofo e teólogo, reitor. Repensou a Universidade desde e para os povos crucificados. Pôs todo seu peso para combater a opressão e a repressão e para conseguir uma paz negociada. Segundo Montes, 56 anos, sociólogo, fundador do Instituto de Direitos Humanos. Concentrou-se no drama dos refugiados dentro do próprio país e, sobretudo, dos que tinham que abandoná-lo, os emigrantes, que, naquele tempo, fugiam da violenta repressão e, agora, da fome e da falta de trabalho. Os visitava nos campos de refugiados, em Honduras. Ignacio Martín Baró, 44 anos, psicólogo social, pioneiro da psicologia da libertação, fundador do Instituto de Opinião Pública da UCA, para facilitar que se conhecesse a verdade e dificultar que esta fosse oprimida pela injustiça. A cada fim de semana visitava comunidades suburbanas e camponesas para celebrar a Eucaristia. Juan Ramón Moreno, 56 anos, professor de teologia, mestre de noviços e mestre do espírito, acompanhante de comunidades religiosas. Na Nicarágua, participou na Campanha de Alfabetização. Amando López, 53 anos, professor de teologia, antigo reitor do Seminário de San Salvador e da UCA de Manágua. Em ambos os países, defendeu os perseguidos por regimes criminosos, às vezes escondendo-os em seu próprio quarto. Por último, Joaquín López y López, 71 anos, o único salvadorenho de nascimento, homem simples e de talante popular. Trabalhou no colégio e foi o primeiro secretário da UCA, em 1965. Depois fundou Fé e Alegria, instituição de escolas populares para os mais pobres.

Foram muito distintos; porém, todos eles foram seguidores de Jesus e jesuítas. É o que nos deixam. Neles podemos olhar-nos para saber o que devemos ser e fazer. Digamos uma palavra sobre o próprio de cada um.

Seguidores de Jesus. Reproduziram de forma real, não intencional ou devocionalmente, a vida de Jesus. Seu olhar se dirigiu aos pobres reais, àqueles que vivem e morrem submissos à opressão da fome, da injustiça, do desprezo e da repressão de torturas, desaparecimentos, assassinatos; muitas vezes com grande crueldade. E moveram-se pela compaixão. “Fizeram milagres”, colocando ciência, talentos, tempo e descanso a serviço da verdade e da justiça. E “expulsaram demônios”. Certamente, lutaram contra os demônios de fora, os opressores, oligarcas, governos, forças armadas, e defenderam os pobres. Não lhes faltaram modelos: Rutilio Grande e Dom Romero. E foram fieis até o fim em meio às bombas e ameaças, com misericórdia consequente. Morreram como Jesus e engrossaram uma nuvem de testemunhos, cristãos, religiosos, também agnósticos que deram sua vida pela justiça. Esses são os “mártires jesuânicos”, referência essencial para os cristãos e para qualquer um que queira viver humana e decentemente em nosso mundo. Seu batismo foi de Espírito de Sangue e seguiram a Jesus.

Com o espírito de Santo Inácio. Nesse ponto me detenho um pouco mais, pois, atualmente, muito se fala sobre a espiritualidade inaciana. Creio que nos podem ajudar a historicizar a Santo Inácio no ‘Terceiro Mundo’ e torná-lo útil para compreender melhor a Jesus.

O outro Ignacio, Ellacuría, fez uma releitura dos Exercícios Espirituais a partir da realidade do ‘terceiro mundo’. Três pontos me parecem fundamentais e podem vigorar como pressupostos inacianos da opção pelos pobres e da luta pela justiça. 1) Ver a realidade de nosso mundo e captá-la como “povos que estão crucificados”. Ante eles, a reação fundamental -sem necessidade de discernimento-, é “fazer redenção”. 2) Ser honrados conosco mesmos, jesuítas, e perguntar-nos “o que temos feito para que esses povos estejam crucificados e o que vamos fazer para baixá-los da cruz”. 3) Levar a sério -quem sabe isso é o mais difícil e o menos frequente- que existem dois modos de caminhar na vida, de ser jesuítas, construir a sociedade e a universidade. São caminhos opostos e estão em pugna. Um é o caminho da pobreza, que leva a opróbrios e menosprezos; hoje, diríamos humilhações, difamações, ameaças; e, daí, à humildade, à profundidade do humano, à verdadeira vida. O outro é o caminho da riqueza, que leva às honras mundanas e vãs. Hoje diríamos ao prestígio entre os grandes deste mundo; e, daí, à arrogância, a uma vida falseada, pessoal e institucional. Em resumo, um conduz à salvação -humanização-; e o outro, à perdição -desumanização. Trata-se de ganhar ou perder a vida, como diz Jesus. E de estar dispostos a pagar o preço.

Em termos de estruturas, Ellacuría insistia em que temos que eleger entre uma civilização da pobreza -afim a uma civilização do trabalho- e uma civilização da riqueza- afim a uma civilização do capital. Esta segunda predomina no mundo, tem gerado uma civilização gravemente doente. A primeira, a que temos que construir, pode reverter a história e curar a civilização.

Esses três pontos: povo crucificado, necessidade de libertação, caminho da pobreza -mais a honradez conosco mesmos- são, em minha opinião, o que mais resplandece na inacianidade dos mártires da UCA e o que melhor explica por que morreram de forma trágica. Na tradição de Santo Inácio, certamente, existem outras coisas importantes a levar em consideração: o “magis”, “a maior glória de Deus”, “em tudo amar e servir”, “o bem, quanto mais universal, mais divino” -tudo o que se menciona com frequência na explosão ambiental de inacianidade que existe hoje. Os três pontos que mencionamos são mais facilmente compreensíveis, também pelos não iniciados em inacianidade e, certamente, pelos pobres. Em minha opinião, têm menos perigo de perder-se no âmbito do conceitual e intencional. Expressam realidades claramente históricas e verificáveis.

Nesse contexto, parece-me oportuno recordar um fato singular: os mártires da UCA nunca discerniram se era vontade de Deus permanecer no país, com riscos, ameaças e perseguições, ou ir embora. Não lhes passou pela cabeça essas ideias. Para ver o quanto explicitamente inaciano havia nesse proceder, penso que temos que ir ao momento rpimeiro da eleição: “sem dubitar nem poder dubitar” (Exercícios No. 175). Temos que perguntar-nos “o que movia ou atraia a vontade”. Se era “Deus nosso Senhor” comunicando-se à alma, como na formulação de Santo Inácio, ou se eram realidades históricas: “o sofrimento do povo”, que não deixava viver em paz; “a vergonha que dava abandonar ao povo”; “a força de coesão da comunidade”; “a recordação enriquecedora de Dom Romero, de nove sacerdotes e quatro religiosas assassinadas”; inclusive, “o fato de estar acostumado à perseguição”. Penso que tudo isso movia a vontade e iluminava as decisões e o caminho a seguir. Na linguagem dos exercícios, nisso e através disso, Deus estava realmente causando o sem dubitar nem poder dubitar. Porém, Deus não atuava através de qualquer coisa; mas, das que mencionamos.

O Espírito de Deus move o caminhar; porém, sua força passava através do povo sofredor. Assim, parafraseou Pedro Casaldáliga, o conhecido poema de Antonio Machado:

“Camino que uno es, Para que los atascados Haz del canto de tu pueblo

Que uno hace al andar. Se puedan reanimar. El ritmo de tu marchar”.

Penso que assim discerniram os jesuítas da UCA. Deixaram-se atrair e levar pela realidade. É a sinergia de Deus e do povo sofredor. E não me passa pela cabeça outra maneira para explicar porque permaneceram em El Salvador.

Quisera terminar essa reflexão sobre seu ser jesuítas recordando que “morreram em comunidade”. Poderia não ter sido assim; poderia acontecer de somente Ellacuría ter sido assassinado, pois era o inimigo principal. Porém, há uma verdade importante -podemos dizer, providencial-, em que sua morte fosse “em comunidade”. Assim havia sido sua vida e trabalho, com alegrias e tensões; com virtudes e pecados; porém, seguindo uma única linha bem traçada. E assim expressaram que a Companhia está feita por “todos”. É “corpo”, não apenas soma de indivíduos, alguns deles geniais; outros, normais.

Esta comunidade de “seis jesuítas” integrou-se em uma comunidade maior, o corpo da Companhia universal. 49 são os jesuítas que morreram no ‘terceiro mundo’, assassinados de uma ou outra forma, depois da CG XXXII. Entre eles, estavam três estadunidenses. Francis Louis Martiseck, 66 anos, nascido em Export, Pensilvânia, morto por arma de fogo em Mokame, Índia, 1979; Raymond Adams, 54 anos, nascido em Nova York, morto por arma de fogo em Cape Coast, Gana, 1989; Thomas Gafney, 65 anos, nascido em Cleveland, Ohio, assassinado em Katmandu, Nepal, 1997.

Não é pouco frequente recordar “as glórias da Companhia”, as reduções do Paraguai, Mateo Ricci, na China… Hoje, esses mártires, uns mais famosos; outros, menos, são a glória da Companhia. E, sobretudo, são eles os que mantêm a Companhia com vida. Uma semana depois do assassinato do Padre Rutilio Grande, o Padre Arrupe escreveu:

“Estes são os jesuítas que o mundo de hoje e a Igreja necessitam. Homens impulsionados pelo amor de Cristo, que sirvam a seus irmãos sem distinção de raça ou de classe. Homens que saibam identificar-se com os que sofrem, viver com eles até dar a vida em sua ajuda. Homens valentes que saibam defender os direitos humanos até o sacrifício da vida, se for necessário” (19 de março de 1977).

Julia Elba e Celina: o povo crucificado

Com os jesuítas, morreram assassinadas duas mulheres: Julia Elba, 42 anos, cozinheira de uma comunidade de jovens jesuítas, pobre, alegre e intuitiva e trabalhadora durante toda a vida. E sua filha, Celina, 15 anos, ativa, estudante e catequista; com seu namorado, haviam pensado comprometer-se em dezembro de 1989. Ficaram para dormir na residência dos jesuítas, pois ali se sentiam mais seguras. Porém, a ordem foi “não deixar testemunhas”. Nas fotos nota-se a tentativa de Julia Elba para defender a sua filha com seu próprio corpo. Há uns dias, escutei este testemunho de uma mulher que conhecia bem a Julia Elba:

“Digo-lhe que era muito humana porque sentia a dor dos demais. Eu vivi um tempo na casa dela. Era uma pessoa bem amistosa; sabia conviver com os demais. Ela tinha 33 anos e eu 19. Ela e eu tínhamos muitas coisas em comum; começamos a trabalhar muito cedo. Ela havia trabalhado desde os dez anos de idade nos cafezais (…). Era uma mulher muito forte. Sempre me ensinou que eu devia me acovardar ante os problemas. Foi uma mulher sofrida; porém, forte. Me ensinou a ser uma mulher de valor, que não dependesse dos outros para viver”.

Como Julia Elba, existem centenas de milhões de homens e mulheres neste mundo. São imensas maiorias que perpetuam uma história de séculos: na América Latina conquistada e depredada pelos espanhóis, no século XVI; na África escravizada no século XVI e espoliada sistematicamente pelos europeus no século XIX; no planeta que hoje sofre a globalização opressora sob a égide dos Estados Unidos. Morrem de morte rápida e violenta e pela repressão e, sobretudo, de morte lenta da pobreza e da opressão. Sem comparação possível, sofrem mais do que ninguém as consequências de nossos desmandos. Em guerras e invasões: Afeganistão, Iraque, Palestina; no manejo da medicina e farmácia: malária, AID; em péssima ecologia: inundações, desertificação, perdas na agricultura; nas catástrofes naturais: a imensa maioria daqueles que morrem e nas ribeiras dos rios ou junto às linhas de trens…

“Existe mais riqueza na Terra; porém, há mais injustiça. A África tem sido chamada de “o calabouço do mundo”, uma “Shoá” continental. 2.5 bilhões de pessoas sobrevivem na Terra com menos de 2 dólares ao dia e 2,5 bilhões de pessoas morrem diariamente de fome, segundo a FAO. A desertificação ameaça a vida de 1,2 bilhões de pessoas em uma centena de países. Aos emigrantes lhes é negada a fraternidade, o solo sob seus pés”.

Estas palavras de Pedro Casaldáliga são de 2006. Nem o G-7, nem o G08, nem agora o G-20 fizeram nada significativo para reverter esta história. Recordar hoje os ideais do milênio é brincadeira e ofensa aos pobres. Em um ano o número de famintos aumentou em cem milhões e cada cinco segundos uma criança morre de fome, assassinado, assinala Jean Ziegler, pois é muito possível eliminar a fome.

São, “o servo dolente de Yahvé” em nossos dias; “o povo crucificado”, linguagem que não é usada e que politicamente é “totalmente incorreta”. Seus homens e mulheres morrem inocentemente, pois não cometeram o “pecado” de Dom Romero ou de Ignacio Ellacuría, simplesmente estavam lá. Morrem cruelmente, com grande frequência depois de uma vida de grandes sofrimentos. Vivem e morrem anonimamente. São desconhecidos os cinco milhões de homens e mulheres que morreram nas megaempresas de mísseis, telefonia e computação. E morrem indefesamente. Em sério, quem defende a esses povos? Quem arrisca algo importante para descê-los da cruz?

Os mártires jesuânicos -alguns- são conhecidos e venerados; porém, não o povo crucificado. Pior ainda se, mesmo sem pretendê-lo, àqueles ocultam a estes. Ellacuría não viveu nem morreu para que o brilho de sua figura empanasse o rosto de Julia Elba.

Pode parecer absurdo; porém, me pergunto quem é mais mártir: Ellacuría ou Julia Elba? Quem reproduz mais a cruz de Jesus? Os mártires jesuânicos expressam melhor a decisão e a liberdade para arriscar a vida; porém, expressam menos a negrura da injustiça cotidiana, a dificuldade de viver, simplesmente. A morte das maiorias assassinadas, por sua parte, expressa menos o caráter ativo de luta; porém, expressa mais a inocência histórica, pois nada fizeram para merecer a morte e a indefesa, pois, nem possibilidade física tiveram para evitá-la. Essas maiorias são as que mais carregam um pecado que as foi aniquilando pouco a pouco na vida e definitivamente na morte. São as que melhor expressam o ingente sofrimento do mundo. Sem pretendê-lo e sem sabê-lo, “completam em sua carne o que falta à paixão de Cristo”. Não “agregam”, como afirmam os exegetas; porém, sim, reproduzem.

(continua…)