Santa Rita de Cássia

22 de Maio

Filha única, foi mãe, viúva, religiosa e estigmatizada. Nasceu em Maio do ano 1381, um ano depois da morte de Santa Catarina de Siena. A casa natal de Santa Rita está perto de Cássia, entre as montanhas, a umas 40 milhas de Assis, na Úmbria, região de centro de Itália que mais santos tinha dado a Igreja (São Benedito, Santa Escolástica, São Francisco, Santa Clara, Santa Ângela, São Gabriel, Santa Clara de Montefalco, São Valentim e muitos mais). Sua vida começou em tempo de guerras, terremotos, conquistas e rebeliões. Países invadiam a países, cidades atacavam as cidades vizinhas, vizinhos lutavam com os vizinhos, irmão contra irmão. Os problemas do mundo pareciam maiores que a política e os governos para serem resolvidos. Nascida de devotos pais, Antonio Mancini e Amata Ferri aos que se conheciam como os “Pacificadores de Jesus Cristo”, pois os chamavam para apaziguar brigas entre vizinhos. Eles não necessitavam de discursos poderosos nem discussões diplomáticas, somente necessitavam o Santo Nome de Jesus. Sabiam que somente assim se podem apaziguar as almas. Apesar da idade avançada de Amata (62 anos), nem por isso deixavam de confiar em Deus e foi assim Deus atendeu às suas preces: conta a história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar a todos os seus prodígios.

umbria
A Úmbria (no mapa, em vermelho) é uma Província que se localiza no centro da Itália.

cassia

O matrimônio
Seus pais, sem ter aprendido a ler ou escrever, ensinaram a Rita desde menina tudo acerca de Jesus, a Virgem Maria e os mais conhecidos santos. Rita, igual a Santa Catarina de Siena nunca foi à escola para aprender a escrever ou a ler (A Santa Catarina foi dada a graça de ler milagrosamente por nosso Senhor Jesus Cristo), para Santa Rita seu único livro era o Crucifixo. Ela queria ser religiosa durante toda sua vida, mas seus pais, Antônio e Amata, avançados em idade, escolheram para ela um esposo, Paolo Ferdinando, o que não foi uma decisão muito sabia. Mas Rita obedeceu. Quis Deus assim dar-nos nela o exemplo de uma admirável esposa, cheia de virtude, ainda nas mais difíceis circunstâncias. Depois de Matrimônio, seu esposo demonstrou ser bebedor, mulherengo e abusador. Quanto padeceu ela no longo período de 18 anos que viveu com seu esposo! Não tem conta as vezes que bebeu o cálice da amargura até a última gota; incontáveis os atos de paciência e resignação que praticou, as lágrimas ardentes que derramou… Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à Igreja ia sem a permissão de seu brutal marido. A mansidão, a docilidade e prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Com que eloqüência ensinava às suas vizinhas casadas o modo de manter a paz e a harmonia com seus esposos. Elas, admiradas por nunca terem visto divergências em casa de Rita, iam com freqüência consolar-se com ela e expor os dissabores e ultrajes que recebiam de seus maridos. À imitação de Santa Mônica, Rita lhes respondia: “lembrai que, desde o momento em que recebemos nossos esposos, como maridos, os aceitamos como nossos donos e senhores, e assim lhes devemos amor, obediência e respeito, pois isto significa ser casadas! Notai que não tem menos culpa a mulher que fala mal de seu marido do que o marido que, com incorreto proceder, dá ensejo à mulher para que fale mal”. Por isso, não permitia que em sua presença se murmurasse dos defeitos alheios. Por este meio conseguiu desterrar de muitos o péssimo costume de falar mal dos outros. Encontrou sua fortaleza em Jesus Cristo, em uma vida de oração, sofrimento e silêncio. Tiveram dois gêmeos, os quais tiveram o temperamento do pai. Rita se preocupou e orou por eles. Depois de vinte anos de Matrimônio e oração por parte de Rita, o esposo se converteu, lhe pediu perdão e lhe prometeu mudar sua forma de ser. Rita perdoa e ele deixa sua antiga vida de pecado e passava o tempo com Rita nos caminhos de Deus. Isto não durou muito, porque enquanto seu esposo havia se reformado, não foi assim com seus antigos amigos e inimigos. Uma noite Paolo não chegou em casa. Antes de sua conversão isto não teria sido estranho, mas no Paolo reformado isto não era normal. Rita sabia que algo havia ocorrido. No dia seguinte, o encontraram assassinado. Sua pena foi aumentada quando seus dois filhos, que eram maiores, juraram vingar a morte de seu pai. As súplicas não conseguiram dissuadi-los. Foi então que Santa Rita, compreendeu que, mais vale salvar a alma que viver muito tempo, rogou ao Senhor que salvasse as almas de seus dos filhos e que tirasse suas vidas antes que se perdessem para a eternidade por cometer um pecado mortal. O Senhor respondeu a suas orações… Os dois padeceram de uma enfermidade fatal. Durante o tempo de enfermidade, a mãe lhes falou docemente de amor e do perdão. Antes de morrer conseguiram perdoar aos assassinos de seu pai. Rita esteve convencida de que eles estavam com seu pai no céu.

Entrada na Vida Religiosa
Roccaporena
Ao estar sozinha não se deixa vencer pela tristeza e pelo sofrimento. Santa Rita quis entrar no Convento com as irmãs Agostinianas, mas não era fácil conseguir. Não queriam uma mulher que havia estado casada. A morte violenta de seu esposo deixou uma sombra de dúvida.Ela se voltou de novo a Jesus em oração.Ocorreu então um milagre. Uma noite, enquanto Rita dormia profundamente, ouviu que a chamavam: Rita, Rita, Rita! Isto ocorreu três vezes, a terceira vez Rita abriu a porta e ali estavam Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista de qual ela havia sido devota desde muito menina. Eles lhe pediram que os seguissem. Depois de correr pelas ruas de Roccaporena; no pico de Scoglio, onde Rita sempre ia orar sentiu que a levantaram no ar e a empurravam suavemente. Encontrou-se acima do Monastério de Santa Maria Madalena em Cássia. Então caiu em êxtase. Quando saiu do êxtase se encontrou dentro do monastério embora todas as portas estivessem trancadas, ante aquele milagre as monjas Agostinianas não puderam negar-lhe entrada. Finalmente aceita na ordem, consta que ali teria plantado uma roseira (ainda existente), que todos os anos dá flores em pleno inverno. É admitida e faz a profissão esse mesmo ano de 1417, e ali passa 40 anos de consagração a Deus.

Suas Provações
Durante seu primeiro ano, Rita foi posta a prova não somente por suas superioras, senão pelo mesmo Senhor. Foi-lhe dado a passagem da Escritura do jovem rico para que meditasse. Ela sentia em seu coração as palavras! Um dia Rita foi posta a prova por sua Madre Superiora. Para colocar à prova a obediência da noviça, a Superiora do convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um galho seco, provavelmente um ramo de videira ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma, e de manhã e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com irônico sorriso. Isso durou cerca de um ano, segundo algumas biografias da Santa. Rita o fez obedientemente e de boa maneira. Uma manhã a planta se havia convertido em uma videira com flores e deu uvas que se usaram para o vinho sacramental. Desde este dia segue dando uvas.

Amor à Paixão de Cristo
Rita meditava muitas horas na paixão de Cristo, meditava nos insultos, os desprezos, as ingratidões que sofreu em seu caminho ao Calvário Durante a Quaresma do ano 1443 foi a Cássia um pregador chamado Santiago de Monte Brandone, quem deu um sermão sobre a paixão de nosso Senhor que tocou tanto a Rita que a seu retorno ao monastério, pediu fervorosamente ao Senhor ser participante de seus sofrimentos na Cruz. Dum modo especial exercitava-se na contemplação dos mistérios da Paixão e Morte de Jesus; a tanto chegou o seu amor na consideração das dores de Jesus que, um dia, prostrada aos pés do Crucificado, pediu amorosamente ao Senhor que lhe fizesse sentir um pouco daquela imensa dor que ele havia sofrido pregado na cruz. Oh! prodígio! Da coroa que cingia a cabeça da imagem do Redentor, desprendeu-se um espinho, que se cravou na fronte da Santa, causando-lhe intensíssima dores até à morte; o penhor do amor de Jesus por sua serva não podia ser mais certo nem mais extraordinário; era um tormento indizível para acrisolar a virtude de Rita. Aquela ferida era, na verdade fonte de celestiais doçuras para a Santa, mas, ao mesmo tempo, de desgosto para as religiosas que não podiam suportar a vista daquela repugnante ferida, vendo-se, por esse motivo, obrigada a viver isolada de suas amadas irmãs. A Santa aceitou isto como um novo favor do céu, ficando, assim livre para tratar mais intimamente com Deus. Ali redobrou as suas penitências, os seus jejuns e as suas orações, esforçando-se em unir-se mais estreitamente com Jesus, seu celestial esposo. A maioria dos santos que tem recebido este dom, exalam uma fragrância celestial. As chagas de Santa Rita, sem dúvida exalavam um odor pútrido, pelo que devia afastar-se das pessoas. Por 15 anos viveu sozinha, longe de suas irmãs monjas. O Senhor lhe deu uma trégua quando quis ir a Roma para o primeiro ano Santo. Jesus removeu o estigma de sua cabeça durante o tempo que durou a peregrinação. Tão pronto quanto chegou de novo a casa o estigma voltou a aparecer e teve que se afastar de novo das irmãs. Em sua vida teve muitas chamadas, mas ante tudo foi uma mãe tanto física como espiritualmente. Quando estava no leito de morte, lhe pediu ao Senhor que lhe desse um sinal para saber que seus filhos estavam no céu. A meados de inverno recebeu uma rosa do jardim perto de sua casa em Roccaporena. Pediu um segundo sinal. Esta vez recebeu um figo do jardim de sua casa em Roccaporena, ao final do inverno. Os últimos anos de sua vida foram de expiação. Uma enfermidade grave e dolorosa a deixou imóvel sobre sua humilde cama de palha durante quatro anos. Ela observou como seu corpo se consumia com paz e confiança em Deus.

As Rosas de Santa Rita
Durante a enfermidade, a pedido seu lhe apresentaram algumas rosas que haviam brotado de maneira prodigiosa no frio inverno em sua horta de Rocaporena. Ela as aceitou sorrindo como um dom de Deus.

A morte da Santa
santuário
Santa Rita percorreu o caminho da perfeição, a via purgativa, a iluminativa e unitiva. Conheceu o sofrimento e em tudo cresceu em caridade e confiança em Deus. O crucifixo é seu melhor Mestre. “Chegou o tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer. Muito vos ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação; com toda minha alma vos peço perdão de todas as negligências e descuidos. Reconheço que vos tenho molestado por causa desta ferida da fronte; rogo-vos que tenhais piedade das minhas fragilidades. Perdoai minhas ignorâncias e rogai a Deus por mim, para que minha alma alcance a paz e a misericórdia da clemência divina…” Cessou de falar e cerrou os olhos como se estivesse dormindo… e acordou no céu entre os anjos e santos. No convento só se ouviam os soluços das freiras, mas o sino começou a tocar sozinho, anunciando a sua partida deste mundo. Era o dia 22 de maio de 1457 e contava a santa 76 anos de idade. Era o fim de uma vida cheia de sofrimentos. As religiosas pensavam com horror no odor fétido de sua chaga, mas o seu rosto pálido começou a tomar viva cor, a ferida cicatrizou-se e de seu corpo começou a exalar um delicioso perfume. Uma das religiosas, Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, quis abraçá-la e assim o fez, porque o seu braço ficou curado pela santa. As freiras revestiram o corpo com o hábito de sua Ordem e o transportaram para a capela interior do mosteiro. É em almas puras como a dela que Deus pode fazer milagres sem que por isso caiam no orgulho espiritual. Ao morrer a cela se ilumina e todos sentem a alegria de uma alma que entra ao céu. Sua morte acontece em 1457, foi seu triunfo. A ferida do estigma na fronte desapareceu e em lugar apareceu uma mancha vermelha como um rubi, a qual tinha uma deliciosa fragrância. Devia ter sido velada no convento, mas pela multidão tão grande se necessitou a Igreja. Permaneceu ali e a fragrância nunca desapareceu até os dias atuais permanece, e a todos encanta. Por isso, nunca a enterraram. O ataúde de madeira que tinha originalmente foi trocado por um de cristal e ficou exposta para veneração dos fiéis desde então. Multidões, todavia acodem em peregrinação a honrar a santa e pedir sua intercessão ante seu corpo que permanece incorrupto. Leão XIII a canonizou em 1900.

Grandes Milagres
Em Pergola, lugarejo da Umbria, havia uma casa pertencente a uma das mais ilustres famílias da Itália, que, pela grande devoção que tinha a Santa Rita, lhe fazia todos os anos a festa na Igreja de Santo Agostinho. Estavam casados há mais de dezoito anos, mas viviam tristes porque não tinham filhos. Recorreram a Santa Rita com fervorosas súplicas, para que lhes alcançasse de Deus o que lhe pediam. O Senhor atendeu a suas orações, dando-lhes dois filhos, que foram a consolação dos pais e a honra da família. Na cidade de Valença, no ano de 1688, Santa Rita restituiu a visão a uma menina cega de nascimento, no fim de uma novena que os pais da criança lhe fizeram. A Bernardino, filho de Tibério, restituiu Santa Rita a visão de um dos olhos, que tinha perdido por causa de uma ferida: entrando no sepulcro da Santa, saiu livre do mal que padecia. Uma mulher nobre, chamada Mateia de César, natural de Rocha, que era surda-muda desde a sua primeira idade, fez uma promessa a Santa Rita. Pois bem, passou a ouvir e logo falou. Francisca, natural de Fucella, surda de cinco anos, pela intercessão de Santa Rita conseguiu ouvir, após lhe rezar três Ave-Marias. No ano de 1457 um homem, natural de Ocone, tremendamente aflito de pedras nos rins, recorreu a Santa Rita e logo se viu livre de tão penoso mal. A mãe da menina Josefa Maria prometeu a Santa Rita vestir-lhe um hábito igual ao da Santa, se a livrasse de um terrível mal do coração. Concedeu-lhe a Santa imediatamente a graça. Não é menor a graça que recebeu uma criança chamada Ana, cuja garganta foi atravessada por um alfinete, que lhe impedia a respiração. Sendo-lhe aplicada com grande fé uma estampa da Santa , no mesmo tempo expeliu o alfinete pela boca. Lúcia tinha um filho de pés e mãos entrevados, havia muitos anos: untou-os com azeite da lâmpada de Santa Rita e invocou o seu patrocínio; pois levantou-se o menino completamente são. No grande terremoto, que sofreram alguns lugares da Itália, em 12 de maio de 1730, contam que o corpo de Santa Rita levantou-se da urna em que estava e, suspenso no ar por espaço de várias horas, reprimiu o golpe do espantoso terremoto, que na cidade de Cássia não passou de ameaça. Este fato foi confirmado pelo bispo do lugar e divulgado por toda a Europa. Estas maravilhas e outras muitas estão arroladas no processo de beatificação de Santa Rita de Cássia. Outro espantoso fato ocorrido foi quando o Superior da Ordem Augostiniana foi visitar o corpo de Santa Rita, e o corpo se levantou da urna estando suspenso no ar em sinal de respeito ao Superior da Ordem.

Hagiológio
Muitos são os sinais sobrenaturais atribuídos a Rita de Cássia, descritos na Hagiografia, além dos já indicados. Teria, na noite de Sexta-feira da Paixão, recebido um dos espinhos da coroa de Cristo. Os crentes lhe atribuem outros milagres, ligados às frias terras montanhosas onde viveu, como o de que abelhas brancas teriam ornado seu berço, e abelhas negras seu leito de morte.

16 Comentários

  1. rita santiago de oliveira cruz
    maio 22, 2010 @ 14:51:13

    Sou devota de santa rita decássia. Este dia tenho que ir A IGREJA, REZAR 22 AVE~MARIAS E FAZER A ORAÇÃO A SANTA RITA.a GRAÇA AINDA NÃO ALC ANCEI. mAS CONFIO;

  2. Dirlene Ramires
    maio 22, 2010 @ 19:29:52

    Sou devota de Santa Rita de Cassia!Quando criança frequentava as missas em uma igreja da Sagrada Familia,onde tambem fiz minha primeira eucaristia.Na qual tinha uma imagem tamanho natural de Sta Rita. Todas as vezes que passava na porta da igreja tinha que entrar,e ficava,olhando nos olhos dela ,e dizia que ela olhava pra mim.Da adolecência até mais ou menos a idade de vinte anos, sonhava muito com uma freira como se fosse Sta Rita.Sempre os mesmos sonhos.A travessando comigo lugares dificeis,perdida em algum lugar.Ela sempre estava junto!Passei por muitos problemas,na minha vida! Mas Consegui supera-los.Trabalhei perto da Igreja dela no Pari .Todas as sextas feiras passava por lá pra agradecer pela sua carinhosa proteção, que sei ela me deu e continua me dando até hoje!Um dia levei uma cesta cheia de rosas pra ela!Foi muito lindo! Parece que Deus ,abriu a pedido dela um horizonte de paz e bençãos em minha vida desde esse dia!
    Só tenho a agradecer a essa Santinha querida que eu amo!Que vela e intercede por mim junto a Deus todos os dia da minha vida eu sei!” Aminha flôr preferida tambem é rosa!”

    Santa Rita de Cassia Rogai por todos nós! Obrigada Jesus

    Dirlene felicio Ramires!Obrigada Pe Julio ,por essa oportunidade!

  3. Tânia Serrano Ramos
    maio 22, 2010 @ 20:13:41

    Hoje esta rosa é pra você, Santa Rita de Cássia.
    …………………………… @->– ……………………………

  4. sueli rita ramos prado
    jun 19, 2010 @ 20:55:58

    amo muito santa rita pois passei por um periudo muito dificio em minha vida e foi superado com ajuda de santa rita continuo com problemas mais sei que ela esta junto comigo obrigada minha amada santa rita

  5. rita de cassia
    jun 15, 2011 @ 10:30:40

    eu imploro a sta rita de cassia que me ajude e interceda por mim junto a jesus pelo meu filho bruno ribeiro neves viegulino, que passe no periodo de experiencia no trabalho e fique efetivo, que se dedique aos estudos e termine o ensino medio este ano, afaste das mas amizades, dos vicios que deus coloque na vida dele uma namorada de deus que lhe tire do mau caminho, que ele valorize afamilia que tem, que não seja tão obsecado por dinheiro como é ganancioso so pensa em si proprio e por natalicio antonio virgulino que receba o dinheiro do auxilio doença que esta em processo no inss, o dinheiro dos salarios atrasados que atualize os salarios e que tenha uma promoção no trabalho com muita urgencia e ganhe um bom salario eu coloco estes pedidos em vossas mãos minha sta do impossivel na certeza que intercedera junto a jesus amém

  6. Margarida
    out 06, 2011 @ 10:34:17

    Eu adoro Santa Rita de Cássia. Esta imagem é PURA E SIMPLESMENTE LINDAAAAAAAA!!!!!!!!!
    LINDA!!!!!!!! LINDA!!!!!!!!!!!!!!!!!! Meu DEus que maravilha! Obrigado!

  7. geovane saraiva
    dez 05, 2011 @ 16:56:52

    Deus vem nos salvar
    É a eternidade inaugurada pelo nosso Deus e Pai, que há mais de dois mil anos se repete através de nossa fé e do nosso testemunho, sempre a partir do lugar pobre da estribaria de Belém, mo mistério que sempre quer se renovar e se eternizar em nós, já aqui neste mundo.
    Deus quer que nós trilhemos seu caminho, num constante desejo de superação e renovação: “Dizei aos covardes: Tende coragem, não temais! Eis o nosso Deus! Chega a vingança! A retribuição de Deus chega para nos salvar!” (Is 35, 4).
    Um itinerário verdadeiramente cristão se percebe pelo seu constante desejo de renovação, de mudança espiritual e interior. As pessoas que abraçam a Palavra de Deus e também buscam o alimento da Eucaristia, jamais se afastam do grande ensinamento do enviado do Pai, ao afirmar: “O Cristo que sendo rico, se fez pobre para nos enriquecer com sua pobreza (Cf. 2Cor 8, 9), como a grande novidade, sempre presente, nos gestos de acolhida, na solidariedade e na justiça.
    E exatamente por causa do trinômio: acolhida, solidariedade e justiça, que somos chamados a proclamar pela nossa fé que a pessoa humana é sagrada e inviolável na sua dignidade e, ao mesmo tempo, reafirmar que foi um dos grandes serviços prestados à humanidade pela Igreja. O Concílio Vaticano II até enumera os principais direitos: alimento, roupa, habitação, a escolha do estado de vida, constituir família, direito à educação, ao trabalho, à boa fama, ao respeito, à conveniente informação, direito de seguir a própria consciência, direito à proteção da vida particular, à justa liberdade, inclusive à liberdade religiosa (cf. Gs, n° 26).
    Advento é um tempo rico, forte e precioso das graças de Deus, em que não podemos deixar passar despercebido. O convite que Deus nos faz é o de endireitar e colocar no rumo certo tudo que está tortuoso em nosso coração, substituindo a realidade de pecado e injustiça pela proposta que nos é oferecida, transformados e redimidos na graça de Deus, na certeza que ele, no seu esplendor, virá para visitar o seu povo na paz e fazê-lo viver a vida eterna.
    O momento dever ser de atenção e vontade de escutar o mistério que quer nos envolver: “Sim povo de Sião, o Senhor vem para salvar as nações! Na alegria do coração o Senhor fará ressoar majestosa sua paz” (Is 30, 19.30). Senhor meu Deus, “concede-me uma inteligência que te conheça, uma vontade que te busque, uma sabedoria que te encontre, uma vida que te agrade. Uma perseverança que te espere com confiança e uma confiança que te possua sempre” (Santo Tomás d Aquino).
    Um feliz Natal!
    Pe Geovane Saraiva
    http:/WWW.paroquiasantoafonso.org.br

  8. geovane saraiva
    dez 08, 2011 @ 11:15:11

    Medalha Dom Helder Câmara, o Artesão da Paz
    A Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (ALMECE), na pessoa do seu presidente, Francisco Lima Freitas com anuência dos seus pares, no uso de suas atribuições, instituiu a Medalha Dom Helder Câmara, O ARTESÃO DA PAZ, e o primeiro a receber será o padre Geovane Saraiva, considerando sua disposição de ficar a frente da COMISSÃO que organizou o Centenário de nascimento (1909-2009) de Dom Helder Câmara.
    A contribuicão do querido padre Geovane foi imprescindível para que a força da figura humana, o homem dos grandes sonhos e utopias, que se transformou noutro “Cavaleiro Andante” fosse mais conhecida, não só entre nós cearenses, bem como no nosso querido Brasil e no mundo inteiro.
    Assim, nós da ALMECE, com essa iniciativa, ao mesmo tempo em que fazemos justiça, rendemos graças ao nosso Bom Deus, através de Dom Helder Câmara, que dizia: “quem me dera ser leal, discreto e silencioso como a minha sombra”.

  9. geovane saraiva
    dez 08, 2011 @ 11:16:11

    Sonhos e utopias

    Palavras proferidas pelo padre Geovane Saraiva por ocasião da outorga da Medalha de Defesa dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara concedida pela Câmara Municipal de Fortaleza.

    “E
    u tenho fome e sede de paz. Dessa paz do Cristo que se apóia na justiça. Eu tenho fome e sede de diálogo, e é por isso que eu corro por todos os lados de onde me acenam, à procura do que pode aproximar os homens em nome do essencial… E falar em nome daqueles que são impedidos de fazê-los” (Dom Helder Câmara).
    Neste início de noite deste abençoado 21 de novembro de 2011, estou muito alegre, sensibilizado e feliz, ao ser distinguido, pela Câmara Municipal de Fortaleza, na pessoa da querida vereadora Eliana Gomes, do PC do B, com a Medalha de Defesa dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara. Quero agradecer também aos seus pares, vereadora. Meu agradecimento muito especial a amiga Olinda Marques, Secretária da Regional III. O meu olhar confiante e terno para com Deus que se revelou no seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, como aquele sinal pedido pelos judeus e aquela sabedoria desejada pelos gregos e que para a humanidade inteira é a salvação ansiosamente esperada, presente em cada pessoa humana (cf. Jo 3, 13-22). Não posso esquecer jamais o bom povo da Parquelândia, os empobrecidos, os sonhadores e admiradores de Dom Helder.
    Somos templos de Deus e ao mesmo tempo chamados a ser, a exemplo de Dom Helder Câmara, o artesão da paz, o profeta da esperança, dos grandes sonhos e utopias, a viver como ele viveu como anunciadores dessa mesma esperança, por ele proclamada, ao alimentar em nós aquele profundo desejo de transformação do mundo e também a idéia de que outro mundo é possível.
    Nunca podemos deixar de declinar e disso não podemos prescindir e digo, que modo resplandecente, o nome de Dom Helder Pessoa Câmara, este que o consideramos o maior brasileiro de todos os tempos. Com Dom Helder o humanismo sempre prevaleceu, e de um modo sempre crescente, seja no campo cultural e intelectual, econômico e social, ensinando a nos convencer sempre e cada vez mais que a pessoa humana na sua dignidade é um dom maravilhoso do Pai e neste raciocínio guardemos seu pensamento: “A melhor maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes” (Dom Helder Câmara).
    Predestinado para as coisas maiores, possuidor de uma força incansável, com muita alegria e esperança no coração, totalmente convertido a uma grande tarefa de construir Reino, a utopia mais bela e maravilhosa, Dom Helder não se acostumou, a ponto de se indignar com a miséria humana, porque ela fere o rosto do Deus Criador e Pai e contraria sua vontade. Por isso mesmo, decidiu, com muita obstinação e a ternura do “Bom Pastor”, levantar firmemente a voz e lutar, com o desejo de derrotá-la.1
    Segundo o grande teólogo José Comblin, falecido no início deste ano 2011, aos 88 anos, que conviveu muito de perto com o querido arcebispo de Olinda e Recife: “Ele era um articulador de primeira grandeza, com noção de que, às vezes, sua influência seria maior se ficasse calado e não se manifestasse”. Muitas vezes seus próprios colegas bispos ignoravam de onde vinham às excelentes propostas e contribuições que estavam votando, narra José Comblin. 2
    Já bem antes do Concílio, às vésperas da inauguração de Brasília, Juscelino Kubitschek chamou Dom Helder e o convidou para ser o prefeito da nova capital federal, sendo insistente. Afirmou que tinha o parecer favorável de todos os líderes partidários, depois de consultá-los. Dom Helder recusou polidamente, dizendo: “Hoje, senhor presidente, eu estou aqui, frente a frente, debatendo com o senhor pontos de vista com absoluta liberdade e sem condicionamentos de qualquer ordem. No dia em que me incorporar ao seu grupo de comando, dentro das injunções concretas das práticas políticas, eu estarei amarrado, balançando a cabeça para concordar com o que o senhor disser, deixando de lhe trazer a colaboração original e independente da Igreja. Eu quero ter sempre um canal de diálogo livre e respeitoso com o Estado para cobrar o seu dever. Quero fazê-lo em nome de Deus e do povo. Quero ser a boca dos que não têm vez nem voz”.3
    Deus fez o homem com uma imaginação fértil e criadora, chamando-o para participar da sua natureza divina. Aí está sua grandeza. A terra tornou-se pequena para comportar a criatura humana, grandiosa na sua capacidade de imaginações e realizações em todos os sentidos. Padre Manfredo Oliveira, cearense de Limoeiro do Norte, grande figura humana e um dos maiores filósofos da atualidade, na sua mente dadivosa, foi extremamente feliz, ao afirmar que Dom Helder não cabia dentro da Igreja. Certamente ele queria enaltecer sua força imaginadora, talentos, sensibilidade e a inteligência privilegiada do pastor dos empobrecidos, que com habilidade soube perceber todas as novidades e desafios do século XX e colocá-los no seu coração, procurando dar-lhes uma resposta, indo ao encontro da criatura humana, com sua dignidade, imagem e semelhança de Deus. 4
    No último versículo do Evangelho de São João o autor sagrado afirma que o que Jesus realizou, neste mundo, é belíssimo e maravilhoso e, se tudo fosse escrito, livro algum caberia. O milagre da multiplicação dos pães (Mt 14, 13-21), finda dizendo: Os que comeram dos cinco pães e dos dois peixes eram cinco mil homens sem contar mulheres e crianças. Estudiosos e especialistas da Palavra de Deus, sem negar, evidentemente, a divindade do Filho de Deus, acham um exagero, para aquele tempo, alimentar aquele grande número de pessoas. Deus fez o homem com uma imaginação fértil e criadora, chamando-o para participar da sua natureza divina. Aqui está sua grandeza, 5 e a do querido pastor dos empobrecidos.
    Já o Cardeal Aloísio Lorscheider falava de Dom Helder, assim: “Foi um corifeu, com uma visão de futuro e com grande influência, muito respeitado e inquieto como uma barata tonta: Sua tribuna foi sua sabedoria em agir e articular nos bastidores”, com uma oratória vibrante e com gestos rasgados que sensibilizavam e arrebatavam as multidões. 6 Sua força imaginadora, sua criatividade e, sobretudo, sua capacidade de produzir e realizar as coisas foram extraordinárias, fazendo surgir uma nova Igreja, uma Igreja marcada, profundamente pela esperança, como ele afirmava: “Esperança é crer na aventura do amor, jogar nos homens, pular no escuro, confiando em Deus”. Ele se antecipou, em idéias e vestes, ao “aggiornamento” que o Papa João XXIII promoveu e com o qual iria revolucionar, não apenas a Igreja, mas o mundo hodierno. 7
    Dom Helder foi um articulador, na melhor expressão da palavra, um conspirador, pensando no bem, com suas iniciativas, compartilhadas por muita gente da Igreja, desejando fazer com que a Igreja-Instituição se comprometesse e se engajasse na causa dos empobrecidos, identificando-se com seu Fundador e Mestre, Nosso Senhor Jesus Cristo. Pensava e desejava ele uma Igreja mais pobre e mais servidora. O “Pacto das Catacumbas”, documento desafiador e ao mesmo tempo salutar, 16 de novembro de 1965, que foi uma excelente oportunidade para uma boa parte dos bispos pensarem e refletirem sobre eles mesmos, no sentido de viver na simplicidade e na pobreza, numa Igreja encarnada na realidade, comprometida com seu povo, renunciando às aparências de riqueza, dizendo não às vaidades, consciente da justiça e da caridade. 8
    Ele não só pensou e imaginou, mas teve clareza e persistência e, com suas idéias fixas, aspirou por um mundo segundo a vontade Deus, de tal modo que os seus sonhos e utopias transformaram-se em realidade. Essa afirmação nos faz pensar nas suas obras e realizações em favor da humanidade. É só olhar para seus escritos, poemas e pensamentos. Sua fidelidade a Deus e ao povo o fez manter-se acordado, olhando para dentro de si e, ao mesmo tempo, externando-a através desses mesmos ideais.
    Como Abraão, acreditou, sem jamais perder a esperança. Daí as marcas profundas deixadas por este homem de Deus. Após o seu centenário, percebemos, com todas as evidências, tudo o que ele representou para o Brasil e para o mundo, como símbolo, como patrimônio e, sobretudo, como referencial. Por isso, mesmo que alguém ou grupo tente ofuscar ou neutralizar, não irá destruí-lo nunca. A história o tem e o terá sempre como imortal. Dom Helder, pastor da paz e da ternura, sentia-se honrado quando seus inimigos o acusavam de utópico, porque se aproximava do “cavaleiro andante”. Dom Helder dizia-lhes: “Comparar-me a Dom Quixote, está longe de ser uma nota depreciativa” e acrescentava: “Ai do mundo se não fosse a utopia, ai do mundo se não fossem os sonhadores”. 9 Que o nosso bom Deus nos anime e nos encoraje, para que possamos, a seu exemplo, superar os obstáculos, próprio da vida, quando afirmava: “Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo”.
    ______________________

    1 SARAIVA, Geovane (Padre). Nascido Para as coisas maiores. Fortaleza: Editora Celigráfica, 2009, p. 33.
    2 SANTIAGO, Vandeck. Revista Continente. 100 anos de Dom Helder. N0 98.
    3 SARAIVA, Geovane (padre). Dom Helder: forte e habilidoso. Boa Notícia, 2011.
    4 Ibidem, p. 39.
    5 Ibidem, p. 40.
    6 Tursi, Carlo; Frencken, Geraldo (Org.). Mantenham as lâmpadas acesas: revisitando o caminho, recriando a caminhada. Fortaleza: Edições UFC, 2008, p. 65.
    7 Ibidem, p. 40.
    8 CONY, Carlos Heitor. Dom Helder aos 80. Revista manchete, 04 de março de 1989.
    9 Dom Helder: o artesão da paz. Brasília: Senado Federal. Conselho Editorial, 2009, p. 88

  10. teresa norma
    dez 09, 2011 @ 10:44:18

    obrigada pelas aulas nessas suas mensagens Padre Geovane

  11. geovane saraiva
    dez 14, 2011 @ 13:18:34

    Fortaleza na visão da fé
    A pessoa humana, toda pessoa humana, deve estar no centro de todo e qualquer planejamento de melhoria sócio e econômico, político e cultural. De acordo com o projeto de Deus Pai, percebemos a urgência de uma grande atenção, no presente em que vivemos, evidentemente voltando-se para o futuro de nossa sociedade, como um sinal de esperança, quando se exige interpretar os sinais de Deus, à luz da sua própria Palavra, a nos indicar uma nova história, um novo futuro para a humanidade.1
    “Se desejamos avançar e progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma nova história” (Mahatma Gandhi). Nosso artigo, quicar, seja uma ajuda para uma tomada de consciência e posição firme e segura, em nome da ética, da moral e, sobretudo, através da fé, no sentido surgir caminhos e saídas, na delicada questão da vida aqui neste mundo em que vivemos, na nossa cidade de Fortaleza e em todo Brasil.
    Devemos ter consciência clara de que o batismo está na origem de todo o trabalho da Pastoral de Conjunto e de toda a ação missionária da Igreja. Os batizados, inseridos em Cristo e por Ele no Pai e no Espírito Santo, são enviados ao mundo para salvar o mundo (Lumen Gentium, 48). Numa realidade de opressão, profundamente marcada por sinais de morte, como é bom e maravilhoso ouvir a voz do nosso Deus a nos interpelar: “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em meriba” (Sl 94, 8)
    Que a nossa ação seja verdadeiramente dentro da visão cristã. O último livro da Sagrada Escritura, o Apocalipse, apresenta-nos a cidade como ela deve ser, a nova Jerusalém, a cidade santa, obra de Deus e também obra dos homens que vivem o projeto de Deus. “Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos!” (Lc 19, 41-42). E o que fazemos hoje em relação à Fortaleza, especialmente, agora neste tempo em que antecede a Copa e que a mesma se prepara? Escutamos muitas reclamações e queixas, contra a remoção para a periferia da cidade dos moradores das comunidades onde vão passar os veículos leves sobre trilhos (VLT) vindas dos moradores que estão sendo atingidos.
    Olha, voltando para o Cardeal Lorscheider, de saudosa memória, vejamos o que ele tem a nos dizer: “Devemos ser uma Igreja que sabe escutar e, escutando, aprofundar e encarnar a Palavra de Deus na vida. Igreja que ajuda a construir a nova sociedade, em total fidelidade ao homem, no Espírito Santo. Os batizados, inseridos em Cristo e por Ele no Pai e no Espírito Santo, são enviados ao mundo para salvar o mundo” 2
    Que a todo tipo de carência e dependência existentes entre as pessoas nesta nossa querida cidade de Fortaleza, possa se transformar em solidariedade fraterna, numa bela convivência de paz e harmonia entre seus moradores, na esperança de que “nós não temos aqui cidade permanente, mas vivemos à procura da cidade que há de vir” (Hb 13, 14).
    Daí nossa ação concreta, no sentido de responder à luz do Evangelho, aos anseios de todos os que aqui moram. “A cidade deve ser um espaço de convivência solidária para todos os que nela moram, convivência que seja resultante da convergência de esforços para tornar a cidade sempre mais humana e também mais cristã” (Dom Aloísio Lorscheider).
    Pe Geovane Saraiva
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    ______
    1 Dom Aloísio Lorscheider, Carta Pastoral sobre o uso e a posse do solo urbano, 1989
    2 Carta sobre a ação pastoral na Arquidiocese de fortaleza, de 1989.

  12. pe geovane saraiva
    dez 22, 2011 @ 18:06:42

    Artesão da paz
    Recebi no dia primeiro de abril deste ano 2011, da Câmara Municipal de Fortaleza a Medalha Boticário Ferreira. Já no dia 28 de setembro, o Diploma de Acadêmico Honorário, desta Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE. Ainda no dia 21 de setembro, a Câmara Municipal de Fortaleza, concedeu-me a Medalha de Defesa dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara. E hoje, mais uma vez, a ALMECE foi extremamente generosa, ao distinguir-me com a Medalha Dom Helder Câmara, O Artesão da Paz. Por tudo, agradeço ao bom Deus!
    Confesso-me, pois, profundamente envaidecido, repetindo o que disse no dia 28 de setembro deste ano 2011, aqui nesta casa: “Esconder tal sentimento seria faltar com a sinceridade e a modéstia”. Estou consciente que devo ter mais disposição e humildade, no sentido de assumir o que pesa sobre meus ombros, isto é, uma maior responsabilidade no desempenho da missão sacerdotal, que há mais de 23 anos me foi confiada, nesse desafiante teatro da vida, a exemplo de Dom Helder Câmara referência para todos nós.
    Uma canção, por ocasião do centenário de nascimento de Dom Helder Câmara (1909-2009), fala assim sobre o querido artesão da paz: “O dom da paz, tu és muito mais, és um dom do céu!”. Que bela e maravilhosa afirmação! Ele foi uma obra preciosa, criada por Deus e marcada com o selo de sua graça, presente no coração do povo, com a missão de transformar vidas, consciências e de semear a bondade. 1
    Aquele que não se encanta com o Reino, proposta do Salvador da humanidade, nunca irá descobrir as razões de viver e sonhar. Dom Helder nos ensina: “feliz quem tem mil razões para viver”; “Quando as dificuldades são absurdas, os desafios se tornam apaixonantes”; “Quem me dera ser leal, discreto e silencioso como a minha sombra”. Não há como não compreender na força dessa figura humana, Dom Helder Câmara, o artesão da paz, verdadeiramente uma mina de ouro que precisa ser sempre e cada vez mais explorada e com muito amor e carinho. 2
    Nascido em Fortaleza, Ceará, em 1909, ordenado sacerdote aos 22 anos, em 1931, o Pe. Helder Câmara exerceu os cinco primeiros anos de sua vida sacerdotal sob a orientação direta de Dom Manuel da Silva Gomes, então arcebispo, na capital cearense, dedicando-se à causa da educação católica; dos círculos operários, com atuação especial junto aos jovens e domésticas, em uma cidade, que ensaiava os primeiros passos no caminho da industrialização; destacando-se também por uma presença combativa nos meios de comunicação social. 3
    Daquele corpo franzino, que se agigantava na pregação da fé e da justiça, daquela voz penetrante e inconfundível, que se transmutava em possantes amplificadores na defesa da vida fraterna e da paz, ficou o exemplo de dignidade pessoal, a lição de que há de ser perseverante na dura batalha pelo ideal em que se acredita e a certeza de que, mesmo na aridez do deserto, há espaço para semear e colher. Especialmente porque ele mesmo se encarregou de nos lembrar que, se “há quem tenha entranhas de posse”, também “há quem tenha essência de dádiva”, tornando-se um símbolo da utopia por um mundo fraterno, por um mundo de Irmãos. 4
    Em 1964, ao chegar à Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Helder dizia: “A música é divina! E se a música ajudasse?” Então foi ao encontro do compositor suíço, Pierre Koelin, com uma vontade enorme, buscando criar um mundo mais justo, mais fraterno e mais humano. Assim nasceu a belíssima “Sinfonia dos Dois Mundos”. O movimento de Evangelização “Encontro de Irmãos” foi a menina dos olhos do grande pastor dos empobrecidos, porque aí ele via os “irmãos evangelizando os irmãos”. E a “Operação Esperança”? Ela nasceu num momento de desespero, como uma urgente necessidade de criar sinais de vida e de esperança no meio da população marcada pelo sofrimento e pela desesperança. Dom Helder, pequeno na estatura, mas grande nos sonhos, nos ideais e na santidade, colocou sua vida nas mãos do Pai, com a firme convicção e com a inabalável certeza de que a pessoa humana é que existe de mais e sagrado da face da terra, porque ela é imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26). 5
    O Bispo da não-violência, da ternura e da solidariedade, denunciou em Paris, em 1970, num profético e contundente discurso, às práticas de torturas dos presos políticos em nosso Brasil. Dom Helder, homem de Deus, foi um grandes místicos dos nossos tempos, que, com sua palavra, sensibilizava e entusiasmava as multidões de todos os credos, de todas as raças, culturas e ideologias. Dizia que Deus “era e só podia ser amor”, esforçando-se para viver o que anunciava, fazendo-se nosso irmão e acreditando na possibilidade da conversão de todos.
    Dom Helder trabalhou incansavelmente pela unidade da Igreja e foi considerado um “santo rebelde”. O sonho carregado ao longo da vida e acalentado no seu coração foi o de colocar a criatura humana em um lugar de destaque, também num lugar bem elevado. Marcou profundamente uma época e nos deixou um grande legado e lição. A lição de que o deserto da nossa vida tem que ser fertilizado pela Palavra de Deus e que a vida está acima de tudo, de ela é mais forte do que a morte. 6
    Quando no Brasil, em 1964, todos procuravam navegar nas águas e nas tempestades do regime militar, foi aí que entrou Dom Helder Câmara, o grande irmão e amigo, ensinando-nos a navegar nas águas da vida, da esperança e da liberdade – É o deserto que se torna santo, abençoado e sagrado! E essa é a imagem do homem de Deus, do dom da paz, tu és muito mais, um dom do céu! Guardemos a imagem do homem de Deus e patrimônio da humanidade, que jamais morrerá, conforme seu desejo: “A imagem que gostaria que ficasse de mim é a imagem de um irmão”. 7
    Mensagens do Profeta que viveu bem nessa “cidade”, que não é permanente, mas com um grande desejo que todos compreendessem o sentido da vida neste mundo, voltando-se, é claro e evidente, pra outra vida, que a transcende, que vai muito além desta. Mensagens do “irmão dos pobres” que encarnou o Concílio Vaticano II, quando diz: “Não se encontra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração” (cf. GS, 200).
    Dom Helder foi um articular, na melhor expressão da palavra, um conspirador, pensando no bem, com suas iniciativas, compartilhadas por muita gente da Igreja, desejando fazer com que a Igreja-Instituição se comprometesse e se engajasse na causa dos empobrecidos, identificando-se com seu Fundador e Mestre, Nosso Senhor Jesus Cristo. Pensava e deseja ele uma Igreja pobre e mais servidora. 8
    Nós moramos numa cidade e por vontade do Criador e Pai, a exemplo do Apóstolo dos gentios, de Dom Helder Câmara, de Charles de Foucauld, Francisco de Assis e de outros homens de Deus, sonhamos com a cidade do céu, a Jerusalém do Alto. Santo Agostinho, na sua obra, “A cidade de Deus”, nos afirma: “dois amores fundaram duas cidades, a saber: O amor próprio, levado ao desprezo a Deus, a terrena, e o amor a Deus, levado ao desprezo de si próprio, a celestial”. 9
    Depois que passou o seu centenário, somos convidados a olhar para a sua vida, o dom maior que a Igreja do Brasil já produziu, e ao mesmo tempo, acolhê-lo como um tesouro ou pérola preciosa, porque seu jeito de viver nos coloca bem dentro da proposta do Reino de Deus. É importante olhar para a convicção vocacional de Dom Helder, para o brilho de sua sabedoria, com raríssimas qualidades: inteligência, criatividade, perspicácia, e espírito de liderança e, ao mesmo tempo, com um incontestável amor por todas as pessoas do planeta, marcadas pela dor e sofrimento de toda natureza. Em Dom Helder os pobres vivem!
    _____
    1 Saraiva, GEOVANE (padre). Nascido para as coisas maiores. Fortaleza. Celigráfica, 2009, pág. 53.
    2 Ibidem. Pag. 63.
    3 Caramuru Barros, RAIMUNDO; Oliveira, LAURO (orgs.). Dom Helder: O artesão da Paz. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2ª Edição, 2009, pág. 17.
    4 Ibidem. Pág. 19.
    5 Saraiva, GEOVANE. (padre). Nascido para as coisas maiores. Fortaleza. Celigráfica, 2009, pág. 59.
    6 Ibidem. Pág. 55.
    7 Saraiva, GEOVANE (padre). A Esperança tem nome. Fortaleza. Celigráfica, 2011, pág. 117.
    8 Ibidem. Pág. 137.
    9 Saraiva, GEOVANE (padre). O Peregrino da Paz. Fortaleza. Celigráfica, 2009, pág. 42.

    Pe Geovane Saraiva, Pároco de Santo Afonso
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  13. pe geovane saraiva
    dez 29, 2011 @ 16:50:36

    Um lugar no coração bispo
    Só com muito amor no coração é possível dar continuidade ao projeto da Salvador da humanidade, de edificar um mundo verdadeiramente de irmãos, justo e solidário, tendo diante dos olhos, na mente e no coração a grande e maior novidade, de um Deus que se encarnou na nossa história. Que no ano de 2012 venha sobre nós a paz que sonhamos e que seja duradoura, que Dom Helder tão apaixonadamente anunciou, ao deixar-se devorar pela graça de Deus, ao afirmar através do seu espírito profundamente jovem: “O segredo de ser jovem – mesmo quando os anos passam, deixando marcas no corpo – é ter uma causa a que se dedicar”.1
    Aquele que não se encanta com o Reino, proposta do Salvador da humanidade, nunca irá descobrir as razões de viver e sonhar. Dom Helder nos ensina: “feliz quem tem mil razões para viver”; “Quando as dificuldades são absurdas, os desafios se tornam apaixonantes”; “Quem me dera ser leal, discreto e silencioso como a minha sombra”. Não há como não compreender na força dessa figura humana, Dom Helder Câmara, o artesão da paz, verdadeiramente uma mina de ouro que precisa ser sempre e cada vez mais explorada e com muito amor e carinho. 2
    Nascido em Fortaleza, Ceará, em 1909, ordenado sacerdote aos 22 anos, em 1931, o Pe. Helder Câmara exerceu os cinco primeiros anos de sua vida sacerdotal sob a orientação direta de Dom Manuel da Silva Gomes, então arcebispo, na capital cearense, dedicando-se à causa da educação católica; dos círculos operários, com atuação especial junto aos jovens e domésticas, em uma cidade, que ensaiava os primeiros passos no caminho da industrialização; destacando-se também por uma presença combativa nos meios de comunicação social. 3
    Daquele corpo franzino, que se agigantava na pregação da fé e da justiça, daquela voz penetrante e inconfundível, que se transmutava em possantes amplificadores na defesa da vida fraterna e da paz, ficou o exemplo de dignidade pessoal, a lição de que há de ser perseverante na dura batalha pelo ideal em que se acredita e a certeza de que, mesmo na aridez do deserto, há espaço para semear e colher. Especialmente porque ele mesmo se encarregou de nos lembrar que, se “há quem tenha entranhas de posse”, também “há quem tenha essência de dádiva”, tornando-se um símbolo da utopia por um mundo fraterno, por um mundo de Irmãos. 4
    Em 1964, ao chegar à Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Helder dizia: “A música é divina! E se a música ajudasse?” Então foi ao encontro do compositor suíço, Pierre Koelin, com uma vontade enorme, buscando criar um mundo mais justo, mais fraterno e mais humano. Assim nasceu a belíssima “Sinfonia dos Dois Mundos”. O movimento de Evangelização “Encontro de Irmãos” foi a menina dos olhos do grande pastor dos empobrecidos, porque aí ele via os “irmãos evangelizando os irmãos”. E a “Operação Esperança”? Ela nasceu num momento de desespero, como uma urgente necessidade de criar sinais de vida e de esperança no meio da população marcada pelo sofrimento e pela desesperança. Dom Helder, pequeno na estatura, mas grande nos sonhos, nos ideais e na santidade, colocou sua vida nas mãos do Pai, com a firme convicção e com a inabalável certeza de que a pessoa humana é que existe de mais e sagrado da face da terra, porque ela é imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26). 5
    Dom Helder trabalhou incansavelmente pela unidade da Igreja e foi considerado um “santo rebelde”. O sonho carregado ao longo da vida e acalentado no seu coração foi o de colocar a criatura humana em um lugar de destaque, também num lugar bem elevado. Marcou profundamente uma época e nos deixou um grande legado e lição. A lição de que o deserto da nossa vida tem que ser fertilizado pela Palavra de Deus e que a vida está acima de tudo, de ela é mais forte do que a morte. 6
    Mensagens do Profeta que viveu bem nesta terra, que ela não é permanente, mas com um grande desejo que todos compreendessem o sentido da vida neste mundo, voltando-se, é claro e evidente, pra outra vida, que a transcende, que vai muito além desta. Mensagens do “irmão dos pobres” que encarnou o Concílio Vaticano II, quando diz: “Não se encontra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração” (cf. GS, 200).
    Que sejamos, neste ano de 2012, portadores da mensagem de paz que ele, quando afirmou em 1964, ao assumir a função de Arcebispo de Olinda e Recife: “Quem estiver sofrendo, no corpo e na alma; quem, pobre ou rico, estiver desesperado, terá lugar especial no coração do bispo”.
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  14. pe geovane saraiva
    jan 14, 2012 @ 17:03:36

    Livro do Pe. Geovane Saraiva – “A Ternura de um Pastor”, 2a edição.

    Já se encontra na Paróquia de Santo Afonso o livro do Pe. Geovane Saraiva “A Ternura de um Pastor”, 2a Edição, da Editora Prontograf, ISBN : 978-85-65369-00-8, com prefácio de Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo Metropolitano de Brasília. Logo se encontrará nas Livrarias Paulinas, Ave Maria e da Paróquia da Piedade.

    A segunda edição da obra “A ternura de um Pastor” expressa a grande acolhida desta feliz iniciativa do Pe. Geovane Saraiva e, em especial, o reconhecimento do imenso valor de nosso saudoso Cardeal Dom Aloísio Lorscheider na vida da Igreja e da sociedade, assim como, na vida dos inúmeros leitores. A homenagem prestada pelo Pe. Geovane tem sido compartilhada por amigos e admiradores de Dom Aloísio que recebem esta obra com o amor, a admiração e a gratidão que pulsam no coração do autor, por aquele que uniu, de modo admirável, a ternura e a profecia em sua vida de pastor. Por isso, o autor expressa a homenagem de todos nós a Dom Aloísio!
    A riqueza da personalidade de Dom Aloísio não pode ser transcrita em sua totalidade, por mais fiel e completo que possa ser o seu retrato biográfico. Quem teve a graça de conhecê-lo, de conviver e trabalhar com ele pode testemunhar cordialmente os dons que Deus lhe concedeu manifestados em sua vida de sacerdote, profeta e pastor, de servidor fiel de Jesus Cristo e do Povo de Deus. Contudo, os dados biográficos e os testemunhos apresentados pelo autor, destacando as “lições do Bom Pastor”, deixadas por Dom Aloísio, nos estimulam a reconhecer sempre mais tanto bem que ele nos fez e a louvar a Deus pela sua ternura e misericórdia testemunhadas por aquele que se assemelhou ao Bom Pastor.
    A exemplo de Jesus Bom Pastor, o Cardeal Lorscheider foi verdadeiro pastor, através da compaixão pelas ovelhas sofridas, feridas e desgarradas, pela solidariedade com os pobres e sofredores, aliando a ternura, a mansidão e o habitual sorriso nos lábios, com a firmeza e a coragem profética. Nos passos de São Francisco de Assis, fez-se romeiro entre os romeiros do Canindé e de Aparecida, testemunhando a simplicidade evangélica e o amor aos pobres. Homem de profunda espiritualidade e grande teólogo, ele cumpriu o mandato missionário de Jesus Cristo, ensinando e fazendo discípulos através dos seus escritos e de suas conferências, mas acima de tudo, pelo testemunho de vida cristã.
    A contribuição de Dom Aloísio à Igreja ultrapassa as fronteiras das dioceses onde exerceu o episcopado, a Diocese de Santo Ângelo (RS), as Arquidioceses de Fortaleza (CE) e de Aparecida (SP), pois foi grande a sua dedicação à Igreja no Brasil, através da CNBB, e na América Latina, pelo CELAM, assim como, foi marcante a sua atuação, como cardeal, junto à Santa Sé, especialmente, pela sua participação em Sínodos e Conclaves, além de sua participação no Concílio Vaticano II, no início do seu episcopado. Entretanto, o significado de sua figura e o alcance de sua atuação vão muito além do interior da Igreja, repercutindo na sociedade brasileira e no mundo. Homem de diálogo, conforme o espírito do Vaticano II, empreendeu esforços para a edificação da sociedade justa e fraterna, querida por Deus, muito contribuindo para a redemocratização do País, para a defesa da dignidade inviolável de cada pessoa e a efetivação dos seus direitos fundamentais.
    Ao amado e inesquecível D. Aloísio Lorscheider, a nossa eterna gratidão! Ao Pe. Geovane, o nosso agradecimento por esta bela homenagem a Dom Aloísio, renovada nesta edição, mantendo viva a memória da ternura de um pastor tão admirável, cujo testemunho continua a produzir abundantes frutos.

    Dom Sérgio da Rocha
    Arcebispo Metropolitano de Brasília
    29 de setembro de 2011, festa dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

  15. pe geovane saraiva
    jan 14, 2012 @ 17:07:03

    O bispo e o pacto das catacumbas

    Ser pobre e despojado é procurar imitar o Salvador da humanidade, o Senhor Jesus Cristo, que nada teve, a não ser uma única túnica; ele que foi objeto de escárnio da parte dos que o assassinaram. As raposas têm tocas, as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde inclinar sua cabeça (Mt 8, 22). Francisco de Assis e o Irmão Universal Charles de Foucauld amaram em profundidade a Senhora Pobreza, que Cristo a inaugurou, ao nascer numa estribaria e, ao morrer semelhante a um malfeitor, sedento, desfigurado e despido.
    O Papa João XXIII, “Il Papa buono”, como era conhecido pelo povo Italiano, teve na sua grande bondade, a bela e maravilhosa inspiração de iniciar uma nova era na Igreja, era de uma Igreja mais povo de Deus, mais servidora e pobre, que se adaptasse às necessidades do nosso tempo e fortalecesse tudo aquilo que pudesse contribuir para chamar todos ao seio da Igreja. Tudo isso se deu na Igreja com a convocação e realização do Concílio Vaticano II (1962 -1965).
    No Ceará tivemos a sorte de contar com Dom José de Medeiros Delgado, um paraibano de personalidade e formação sólida, de uma cultura invejável, que compreendeu e assimilou o Concílio Vaticano II em toda sua plenitude, sonhando com uma Igreja rejuvenescida, renovada, o “aggiornamento”. O mais exigente e a grande arte para Dom Delgado foi viver essa transição, fazer acontecer e levar o clero e o povo a uma compreensão do mundo, com suas exigências e que todos tinham a missão de construir a sua própria história. Neste sentido, seu gesto de pastor foi segundo o coração do Pai (cf. Jr 3, 15), grandioso e extraordinário.
    Prestes a encerrar o Concílio Vaticano II, maior acontecimento eclesial do Século XX, quarenta padres conciliares redigiram e assinaram um documento, dentre os quais uma boa parte de bispos da América Latina, no dia 16 de novembro de 1965, firmando no final da Celebração Eucarística na Catacumba de Santa Domitila um Pacto – foi o “Pacto das Catacumbas”.
    Dom Helder Câmara, Dom José Mota Albuquerque, Dom Antônio Batista Fragoso, Dom Fernando Gomes e Dom José de Medeiros Delgado estavam à frente desse pacto, que foi consequente, influenciando e fazendo florescer tantas coisas belas e maravilhosas na nossa Igreja, da América Latina, do Brasil e do mundo inteiro.
    Comprometeram-se os nossos queridos pastores em levar uma vida de pobreza, de rejeitar todos os símbolos ou privilégios do poder, de colocar os pobres no centro da sua ação evangelizadora e ministério pastoral. Outra coisa presente no pacto das catacumbas foi princípio da colegialidade e coresponsabilidade na Igreja povo de Deus, e ainda, a abertura para o mundo que se transformava e a colhida solidária fraterna. […].
    Dom Helder procurou viver rigorosamente a mística do pacto das catacumbas, despojando-se de tudo que pudesse transparecer uma Igreja com estrutura pesada e burguesa, abraçando a simplicidade e a pobreza, indo ao encontro da profecia, sendo a voz dos pobres e dos que não podiam falar, nos duros anos do arbítrio – a voz dos “sem voz e sem vez”. O compromisso do pastor dos empobrecidos foi um insulto para muitos, mesmo dentro da própria hierarquia da Igreja, mas não para aquele que tinha na mente e no coração a colegialidade e a coresponsabilidade, Dom José de Medeiros Delgado.
    Esse grande bispo foi corajoso e não teve medo de colocar seu cargo de Arcebispo de Fortaleza, bem como sua dignidade, sabedoria e boa vontade a serviço dos sofredores de seu tempo, sendo fiel ao pacto firmado, concretamente solidarizando-se com Dom Helder e outros irmãos perseguidos. Dom Delgado foi um pastor extremamente aberto e coerente com as decisões conciliares e assim se pronunciou: A Imprensa brasileira vem desencadeando uma intensa campanha contra a pessoa de D. Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife. […] (cf. Artigo de Márcio de S. Porto, o Peregrino da Paz, Pg. 73).
    Dom Delgado foi o terceiro Arcebispo de Fortaleza, ficou à frente de nossa Igreja por 10 anos, de 1963 a 1973. Não foi fácil para ele assumir o período da transição, mas como um homem aberta às novidades de seu tempo e, ao mesmo tempo, com sua profunda sensibilidade humanitário, sonhava e desejava obstinadamente ver acontecer e funcionar as resoluções de uma Igreja que se abria para o mundo e se voltava para criatura humana, imagem e semelhança de Deus (Gn, 1,26), uma Igreja comunhão e participação.
    Construiu o Seminário Regional Nordeste 1 – Para os Estados do Ceará, Piauí e Maranhão; fundou o Centro de Treinamento da Pacatuba; revitalizou o Banco Popular de Fortaleza; adquiriu a Casa de Lazer do Clero na Praia do Pacheco; retomou a construção da Catedral e a construção da nova Residência Episcopal, além preparar as Dioceses de Itapipoca e Quixadá, desmembrando-as da Arquidiocese de Fortaleza e criadas em 1971, pelo Papa Paulo VI.
    Dentro da visão de uma Igreja do Vaticano II, querendo ver suas normas aplicadas, a partir do pacto das catacumbas, pobre e servidora, longe dos símbolos e dos privilégios do poder, Dom Delgado foi corajoso e profético, ao desfazer-se do patrimônio mais histórico e expressivo da cidade de Fortaleza – o “Palácio do Bispo”.
    Dom Delgado ao despedir-se da Arquidiocese de Fortaleza, com o coração compungido, expressou-se assim: “Agora, Senhor, podes deixar teu servo partir em paz, segundo a tua palavra; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos, luz para iluminar as nações e glória de teu povo, Israel” (Lc 2, 29-32), citando o velho Simeão, sumamente alegre e feliz. Diante do acima exposto e das críticas que sempre escutei a seu respeito, quero afirmar, sem nenhuma dúvida, que esse homem de Deus, corajosamente fez que o que tinha que ser feito e foi um grande pastor, um bispo incompreendido.

    Pe Geovane Saraiva, Pároco de Santo Afonso
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    ((85)3223-8785
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  16. ines
    jan 16, 2013 @ 00:52:58

    JÁ CONSEGUI DOIS MILAGRES COM SANTA RITA, MINHA MÃE ERA PORTADORA DE INSUFICIENCIA RENAL CRONICA, FOI MUITO SOFRIDA ENTRE CIRURGIAS PARA IMPLANTE DE VEIAS ,PARA PODER TER ACESSO A HEMODIALES,E NESTE PERCURSO ELA ENTROU EM COMA DUAS VESES,EU ME APEGUava FAZENDO NOVENDA DE SANTA RITA E MINHA MÃE SAIA DO COMA OS MEDICOS SE SURPREENDIAM POIS ELA VOLTAVA E ELES FICAVAM SEM ENTENDER,, A ULMATIMA VEZ PEDI A SANTA RITA QUE ME DESSE MAIS PELO MENOS 5 ANOS COM MINHA MÃE, NESSE ESPAço DE TEMPO A MINHA MÃE TEVE UM INFECÇÃO EM UMA DAS PRóTESE QUE ESTAVA DENTRO DO BRAÇO DIREITO ,OS MEDICOS NÃO ME DIZIAM NADA APENAS PASSAVAM ANTIBIOTICOS PARA ELA TOMAR EM CASA E MINHA MÃE PIORANDO MUITO,, FOI QUANDO ORGANIZEI A MINHA MÃE PARA DORMIR, QUando SENTEI NA MINHA CAMA , BAIXEI A CABEÇA PARA FAZER AS MINHAS ORAÇÕES, ELA SURGIU NA MINHA FRENTE E ME FALOU SUA MÃE ESTA COM UMA INFECÇÃO LEVE URGENTE AO MEDICO, NÃO DORME A NOITE ASSIM QUE AMANHCEU O DIA LEVEI ELA NA CLINICA ONDE FAZIA A HEMODIALES O MÉDIco DE PLANTAO NÃO DEU A MENOR IMPORTÂNCIA, FOI QUANDO ELA JÁ ESTAVA NA MÁQUINA CHEGOU A MÉDICA DELA QUE FAZIA O ACOMPANHAMENTO, EU FALEI PARA ELA O QUe SANTA RITA TINHA ME DITO .., QUANDO MINHA MÃE FOI EXAMINADA PELA DRA, DESLIGOU A MÁQUINA E FOI DIRETO PARA uti ,onde apenas durou nove dias , falacendo assim no dia 15 de maio de 2010,fiquei com raiva da santa porque pedi pouco ela deu apenas os 5 anos,, mais depois fui em sua igraja lhe pedir perdão pois na verdade a minha mãe já estava bastante debilitada, mais pode ter fé nela ela sempre escuta a quem lhe pede,com fé.