São José Marello

São José Marello

30 de Maio

Fundou a Congregação dos Oblatos de São José

CONGREGAÇÃO DOS
OBLATOS DE SÃO JOSÉ

A Congregação dos Oblatos de São José é uma instituição da Igreja Católica Apostólica Romana com sede na Itália.

Congregação: família, comunidade, pessoas com o mesmo ideal de vida.

Oblatos: consagrados a Deus para servir os irmãos.

São José: modelo e exemplo de educador. Foi ele o esposo de Maria e pai adotivo de Jesus. Os Oblatos de São José devem cuidar dos irmãos a eles confiados nas paróquias, escolas e missões com a mesma dedicação que São José dispensou à Sagrada Família.

A Congregação dos Oblatos de São José foi fundada em 14 de março de 1878 em Asti, norte da Itália, pelo então Pe. José Marello. Preocupado com o abandono em que viviam os jovens de seu tempo, o Pe. Marello reuniu um grupo de quatro pessoas dispostas a dedicar suas vidas pela educação cristã da juventude. Nos anos seguintes muitos outros juntaram-se àquela obra. Em 1889 José Marello tornou-se bispo da Diocese de Ácqüi (Itália) e faleceu em 1895, aos 50 anos de idade. No entanto, a família josefina continuou a crescer e espalhou-se pelo mundo todo. Hoje somam cerca de 500 membros e encontram-se na Itália, Brasil, Peru, Bolívia, México, EUA, Filipinas, Índia, Nigéria, Polônia, Eslováquia e Chile. Os Oblatos de São José (também chamados de “josefinos”) chegaram ao Brasil em 1919, convidados pelo Bispo de Curitiba D. João Braga. Seu primeiro campo de apostolado foi em Paranaguá, onde atendiam todo o litoral paranaense. Hoje estão presentes em numerosas cidades dos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso.

http://www.osj.org.br/congregacao/index.php

José Marello nasceu em 26 de dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós.

Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o freqüentou até o final da adolescência , quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese.

José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias. Muitas vezes, pensou em tornar-se um monge contemplativo, entretanto sua forte vocação para as necessidades sociais o fez seguir o exemplo do carisma dos fundadores, mais tarde chamados de “santos sociais”, do Piemonte.

Corajosamente, assumiu a responsabilidade dos problemas reais da época, sem se preocupar com o Estado, que fechava conventos, seminários e confiscava os bens da Igreja, sempre convicto de que os mandamentos não lhe poderiam ser confiscados por ninguém. Muito precisava ser feito, pois cresciam a miséria, o abandono, as doenças, a ignorância religiosa e a cultural. Mas, José também tinha de pensar nas outras pequenas paróquias da diocese, em condições precárias, e ainda, não podia deixar de estimular os padres, de cuidar da formação religiosa das crianças e jovens e de socorrer e amparar os velhos. Por isso decidiu criar uma “associação religiosa apostólica”, em 1878, em Asti.

O início foi muito difícil, contando apenas com quatro jovens leigos. Mas a partir deles fundou, depois, a Congregação dos Oblatos de São José, integrada por sacerdotes e irmãos leigos, chamados a servir em todos os continentes. Os padres Josefinos pregam, confessam, educam, fundam escolas, orfanatos, asilos, constroem igrejas e seminários.

Dedicando-se igualmente aos jovens, velhos, doentes, por isso seu fundador os chamou de “oblatos”, ou seja, “oferecidos” a servir em todas as circunstâncias.

Em 1888, o papa Leão XIII consagrou José Marello bispo de Acqui. Porém, já com o físico muito enfraquecido pelo ritmo do serviço que nunca conheceu descanso ou horário, quando foi para a cidade de Savona, acompanhar a festa de São Filipe Néri, passou mal e morreu, aos cinqüenta e um anos de idade, no dia 30 de maio de 1895.

O papa João Paulo II o canonizou em 2001. A festa de são José Marello é celebrada no dia de sua morte e seu corpo repousa no santuário que recebeu o seu nome, em Asti.