Semana de Irmã Dulce 2010: fiéis rezam pela beatificação do Anjo Bom do Brasil
A Semana de Irmã Dulce – evento realizado anualmente desde 1993, em Salvador, Bahia – ganha, este ano, um componente especial. Os fiéis, admiradores da vida e obra de Irmã Dulce, o Anjo Bom do Brasil, se revezarão em orações para que a beatificação da freira seja anunciada o mais breve possível pelo Vaticano. Com a concessão do título de Venerável pelo papa Bento XVI em 2009, os fiéis têm motivos para renovar sua expectativa pelo anúncio da beatificação. O período é A Semana de Irmã Dulce também é dedicada à memória e ao carisma da ‘Mãe dos Pobres e acontece entre os dias 8 e 13 de março.
O ponto alto será missa do dia 13, às 9h, pela passagem dos 18 anos de falecimento da freira, na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, futuro Santuário de Irmã Dulce, no antigo Cine Roma, localizado no bairro do Bonfim, em Salvador.
Merece destaque ainda a reedição da exposição “Meio século pensando no próximo”, no Shopping Piedade, onde permanece até o sábado, dia 13. A mostra, que retrata a vida e obra de Irmã Dulce e os 50 anos de fundação da OSID através de painéis e recursos de áudio e vídeo. Depois, entre os dias 29 de abril e 12 de maio, a exposição será apresentada em Feira de Santana.
A programação se completa com a entrega da Comenda de Sócio Honorário e Benemérito das Obras Sociais Irmã Dulce, em solenidade a ser realizada no dia 11 de março, às 17 horas, no auditório do Centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Santo Antônio. Também serão realizados eventos internos de acolhimento aos novos médicos residentes, premiação dos profissionais e voluntários que se destacaram no apoio às Obras Sociais Irmã Dulce e uma vasta programação religiosa.
Como está o processo de beatificação
Iniciada em janeiro de 2000, a causa para beatificação de Irmã Dulce venceu em abril de 2009 a penúltima etapa. O Papa Bento XVI reconheceu as virtudes heróicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à freira baiana. O reconhecimento foi comunicado pelo próprio Papa ao prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, o Arcebispo Ângelo Amato, em audiência realizada no Vaticano. Com a medida, a freira passou a ser chamada de “Venerável Dulce”.
O título é o reconhecimento de que Irmã Dulce viveu, em grau heróico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade, e permite que a causa da beatificação da religiosa cumpra agora sua última etapa: a confirmação do milagre. Uma graça só é considerada milagre após atender a quatro pontos básicos: a instantaneidade, que assegura que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição, que garante o atendimento completo do pedido; a durabilidade e permanência do benefício e seu caráter ‘preternatural’ (não explicado pela ciência). A comprovação do milagre é feita em três etapas: uma reunião com teólogos, com peritos médicos (que dão o aval científico) e, finalmente, a aprovação final do colégio cardinalício. Atualmente, o Memorial Irmã Dulce guarda mais de cinco mil cartas e depoimentos que relatam curas que os devotos acreditam milagrosas e operadas pela Fé naquela que é chamada de Mãe dos Pobres. A expectativa é que até o final de 2010 esta fase esteja concluída e os fiéis possam aguardar o anúncio da beatificação.
Os nove teólogos da Congregação para a Causa dos Santos que avalizaram por unanimidade a concessão do título de Venerável (etapa mais demorada do processo) destacaram em seus votos sua visão das virtudes da Mãe dos Pobres.
teresa norma
mar 12, 2010 @ 02:01:32
Dou Graças a Deus porque sou contemporanea de uma santa como irmã Dulce.
Irmã Dulce que cuidou e agora no céu continua cuidando dos doentes e miseraveis. Que era tão fragil e pequena e tão grande e forte quando defendia a causa de Jesus. Que no dia 13 de março tenhamos oportunidade de cuidar de alguém, uma pessoa que seja para homenagear sua memória.
Copiei um pedacinho da vida dela que encontrei na internet:
…O pequeno jornaleiro seria apenas o primeiro doente recolhido nas ruas, acolhido por Irmã Dulce. No dia seguinte ela foi buscar uma velha mendiga que estava morrendo de câncer sob uma tamarindeira. Depois, um tuberculoso e em pouco tempo, dezenas de doentes estavam abrigados nas casas da Ilha dos Ratos. Para alimentá-los, a jovem freira saia de porta em porta, recolhendo comida.
Algum tempo depois, foi expulsa das casas. Iniciou então uma peregrinação com os seus doentes, que se estendeu por vários anos, até 1949. Primeiro, ela os levou para os arcos da Igreja do Bonfim, mas teve novamente que sair, dessa vez por ordem do prefeito. Foi para o Mercado do Peixe e novamente foi expulsa. Ficaria na rua com os seus doentes? Ela, então, lançou mão de um último recurso: foi à superiora da sua congregação e lhe pediu para abrigar os doentes no galinheiro do convento. Não sem relutância, a madre concordou, desde que Irmã Dulce encontrasse uma solução para as galinhas.
Em pouco tempo, o galinheiro estava limpo, colchões espalhados pelo chão e os 70 doentes abrigados. A madre superiora retornou e elogiou o empenho de Irmã Dulce. Antes de ir, perguntou pelas galinhas:
– Estão todas muito bem, na barriga dos meus doentes.
O albergue improvisado no galinheiro do Convento Santo Antônio, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição Mãe de Deus foi o início da grande obra de fé erguida por Irmã Dulce, uma das primeiras organizações não governamentais do país, que conquistou o respeito e a admiração de todos os brasileiros.
Frei Moisés Almeida Santana
nov 15, 2010 @ 10:53:46
Louvado Seja Deus!
Sou baiano, religioso franciscano… estou em missão em SP…. e trabalho numa obra com o nome da nossa querida Irmã Ducle, o Hospita-Lar Irmã Dulce na Providência de Deus em Pirajuí -SP… que o anjo bom do Brasil, peça ao Pai sempre por nós!