Tríduo Pascal – a nossa Páscoa – Domingo da Ressurreição
A liturgia da missa do dia, cujos textos das leituras são sempre os mesmos em todos os três ciclos anuais de leituras, é repassada de emoção e alegria pela ressurreição do Senhor.
1ª leitura: At 10,34a.37-43 – Pedro dá testemunho do mistério pascal de Cristo.
Sl 117 – Celebrai o Senhor, porque ele é bom.
2ª leitura: Cl 3,1-4 ou 1Cor 5,6b-8. Em ambos os textos, somos convidados a tirar as consequências morais da participação na Morte e Ressurreição de Cristo.
Evangelho: Jo 20,1-9 – A surpresa do túmulo vazio (ou à tarde: Lc 24,13-35 – Os discípulos de Emaús)
Páscoa Semanal
O primeiro dia da semana, o da Ressurreição, logo no início do Cristianismo, foi aquele em que os cristãos começaram a se encontrar para a celebração da ceia. Torno-se o dia Primordial, porque nele celebramos o Mistério Pascal de Cristo e da Igreja. Domingo vem da palavra latina dominus, que quer dizer “Senhor”. Portanto é o dia do Senhor.
“Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo” (Mt 28,20). Essa promessa de Cristo continua a ser ouvida pela Igreja. Se o domingo é o dia da Ressurreição, ele não se reduz à recordação de um acontecimento passado: é a celebração da presença viva do Ressuscitado no meio de nós. É a Páscoa semanal, que recorda o memorial da presença do Senhor na comunidade. à reunião da assembleia dominical estão associadas a entrega do Espírito Santo, a alegria da Ressurreição, o otimismo da vitória sobre a morte, o testemunho nos sofrimentos, o anúncio do Senhor no mundo.
“A Páscoa foi inaugurada: agora continua crescendo e desenvolvendo-se em nós e por nós, sempre com a presença misteriosa do Senhor, sobretudo no domingo […]. Casa domingo é ao mesmo tempo memória da Páscoa inicial e profecia da Páscoa futura. Em cada domingo atualiza-se a primeira e antecipa-se já sacramentalmente a definitiva, enquanto a comunidade vai caminhando e amadurecendo até o descanso eterno” (Aldazábal, José. Domingo, dia do Senhor. In; Borobio, Dionisio (org.). A celebração na Igreja. São Paulo: Loyola, 1990, p.81).
A Assembleia dominical é lugar privilegiado de unidade: ali se celebra o sacramento da unidade, do povo reunido “pela” e “na” unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Um domingo sem assembleia eucarística não será um dia do Senhor. É o dia da Igreja por excelência. “A assembleia dominical vai-nos educando para uma consiência mais viva da Igreja, para um sentido mais profundo de tertença, para um compromisso de construção da comunidade, que é não uma realidade já conquistada mas sim um processo de amadurecimento a partir da convocatória de Cristo e de animação do Espírito (ibidi, p.82).
A Eucaristia dominical nos reúne como a família dos filhos de Deus na casa do Pai; marca no cristã, um estilo de vida pessoal e comunitário. Oferece-nos a ocasião de renovar a graça batismal e de cultivar as atitudes de otimismo, alegria e confiança na misericórdia do Pai. Ela nos dá o Espírito de santidade para vivermos numa relação de intensa comunhão e proximidade. Os cristãos são convocados pelo Senhor e por seu espírito para alimentar e discernir sua vida diante da Palavra proclamada e do sacrifício de Cristo.