Vocação de Natanael
Pe. Alfredo J. Gonçalves
Natanael permanece uma figura um tanto quanto obscura nas páginas no Novo Testamento. No capítulo primeiro do Evangelho de João, além do mais, ele se revela meio desconfiado, descrente quanto à possibilidade de “sair coisa boa de Nazaré”. Assim mesmo, ele segue Felipe que o pretende apresentar a Jesus. Esta curiosidade aparente revela o contexto religioso e cultural do Povo de Israel em sua longa espera pelo Messias. É um povo que há séculos espera pelo salvador, que depositou sua esperança nos reis e foi por eles desenganado, traído. Transferiu então sua expectativa para um enviado de Deus, o qual, conforme as Escrituras, haveria de nascer da descendência de David e ser o verdadeiro Messias.
João Batista, último profeta da antiga aliança e primeiro da aliança nova, indica o Cordeiro de Deus que “haverá de tirar o pecado do mundo”. É o profeta da transição, na encruzilhada entre o passado e o futuro de Israel. Reuniu um punhado de discípulos, mas, após sua própria revelação, alguns deles deixam-no para seguir a Jesus. De fato, “era necessário que eu diminuísse para que ele crescesse”, pois, “eu sou apenas a voz que clama no deserto”. E mais, “não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias”. Natanael pode muito bem ser um dos discípulos do precursor que passa a seguir o novo Mestre: instigado pelos relatos dos companheiros, vai ao encontro desse ilustre desconhecido.
1.Jesus e Natanael
Retomando o Quarto Evangelho, vendo Natanael aproximar-se, Jesus comenta: “Eis aí um israelita verdadeiro, sem falsidade”. Qual não terá sido a reação do desconfiado Natanael! Nunca havia visto aquele estranho. Como podia falar desse modo? Não lhe havia autorizado semelhante intimidade. Por isso a pergunta intrigada e instigante: “De onde me conheces”? E a resposta de Jesus, igualmente surpreendente, chega a ser espantosa. Talvez não para nós hoje, que já estamos familiarizados com as frases taxativas do Evangelho, mas com certeza para o pobre Natanael: “Antes que Felipe te chamasse, eu te vi debaixo da figueira!”
Vale uma pausa para especular o sentido da figueira para Natanael. Não seria ela o lugar oculto onde ele se escondia de tudo e de todos, particularmente nos momentos duros e difíceis, nas tribulações mais pesadas da existência? Não seria o recanto obscuro onde se refugiava nas horas de raiva, de tristeza, de angústia ou de revolta? Quem sabe ali derramava suas lágrimas mais ardentes, curtia seus medos e dúvidas mais pungentes, arrancava os cabelos diante da impotência! Não será a figueira o lugar simbólico do retiro, onde, a sós com a própria turbulência, Natanael engolia em seco os soluços amargos de suas situações-limite? E é justamente ali que o Senhor afirma tê-lo visto! Tantas coisas e momentos de sua vida podiam e mereciam ser mencionadas com maior razão, mas aquele olhar, ao mesmo tempo estranho e penetrante, vai descobri-lo logo debaixo da figueira!
Também nós passamos por desertos estéreis, por noites escuras, por becos sem saída. São os momentos em que não queremos ver nada e ninguém. É quando o desespero bate à porta e gememos: até aqui eu caminhei só, agora me carrega, Senhor, porque não agüento mais! Por isso, queremos ficar a sós conosco mesmos, para não expor em praça pública a dor, o pranto ou a tormenta que inunda todo nosso ser. Ou seja, também nós temos nossa própria figueira, ou nossos momentos de figueira – refúgios para onde fugimos com uma tempestade no coração e na mente, à procura de alguma resposta. Quem já não passou por tais momentos de sofrimento sem remédio!
Numa palavra, a figueira é simbolicamente o lugar da nudez. Lugar em que Natanael se encontra consigo mesmo, com suas fraquezas e debilidades, com sua condição humana mais mesquinha e impotente. É a partir dessa experiência que Jesus o chama. Tendo passado pela figueira e tido a coragem de encarar-se a si mesmo, ele está preparado para identificar e compreender as dificuldades dos outros. A figueira alarga o leque de nossa compaixão para com as dores e situações difíceis dos outros. Ao revelar nossa debilidade, relava igualmente a debilidade de cada ser humano, junto com a necessidade de misericórdia para com as fraquezas alheias. Por isso Natanael está preparado para ser discípulo missionário. Tendo encontrado e si mesmo e ao Mestre, pode partir em busca dos que se sentem órfãos e sós, abandonados e perdidos.
Conhecendo-se a si próprio, possui elementos para conhecer os demais. Vendo-se no espelho da figueira, aprende a enxergar de maneira distinta as quedas de cada ser humano. Afinal, a exemplo do vaso, é na queda que o homem revela sua resistência. A figueira como espelho do autoconhecimento e da própria nudez é também uma janela aberta para conhecer a trajetória e a nudez das daqueles que nos cercam. Natanael aprendeu a desconfiar de si mesmo e de suas próprias forças, de sua auto-suficiência, arrogância e prepotência. Por outro lado, aprendeu a confiar naqueles que, de alguma forma, o ajudaram a sair da figueira. E mais ainda, a confiar no Deus oculto que, com fios invisíveis, vai tecendo o pano de fundo onde se fortalece o futuro apóstolo. Em síntese, a figueira desnuda, mas também nutre e enriquece o germe da vocação. Torna-a sempre mais adulta.
2.Trajetória vocacional
Um olhar retrospectivo à própria vocação pode nos ajudar a identificar os momentos de figueira e a forma como dele saímos. Podemos identificar também quem esteve ao nosso lado e nos ajudou a retomar a estrada. Entende-se vocação não como um ato isolado da vida, mas como uma atitude que nos acompanha ao longo de toda a existência; não como um evento fugas e mágico, e sim um processo de aprendizado e amadurecimento. Vocação é dom, mas é também busca; é chamado, mas é também resposta; é intuição, mas é também construção lenta e laboriosa.
Aqui não há magia, nem uma voz estranha que chama no meio na noite: “Samuel, Samuel!”. Isso é poesia, uma forma literária de descrever a vocação. Esta nasce em meio a circunstâncias bem precisas, sejam elas pessoais e familiares ou socioculturais e históricas. Às vezes tem até mesmo um início prosaico, folclórico, como o caso do padre que entrou no seminário porque odiava as formigas na roça da família, ou daquela irmã atraída mais pela forma e cor do hábito do que pelo serviço sacerdotal ou o carisma da Congregação; e ainda, daquele padre que entrou no seminário porque alguma enfermidade o tornou inadequado para o trabalho pesado na terra. São muitas e muito variadas as histórias semelhantes. Deus recorre a meios bem circunstanciais para impulsionar uma pessoa ao entusiasmo por sua obra.
O dom, o chamado e a intuição, posteriormente, vão amadurecendo mediante incertezas e interrogações constantes. Aliás, a fé nasce e cresce no terreno árido, escuro e inóspito da dúvida. É então que começam a ocorrer os momentos de figueira na trajetória de nossa vocação. Crises que semeiam receios e interrogações. Perguntas se levantam com a força de águas represadas, faz-se noite escura, desconfiamos de nós mesmos e do caminho iniciado, recorremos ao isolamento, não queremos encontrar ninguém. Implícita ou explicitamente, o silêncio e a reflexão tomam conta de nosso interior. É hora do encontro consigo mesmo, do espelho, da coragem de enfrentar-se. O embrião vocacionado, frágil e delicado, vê-se batido pelo sol, pela chuva e pelo vento de todas as formas de intempéries.
Tais momentos críticos podem fazer-nos recair no berço. Como toda crise, a da figueira também é ambígua: pode prostrar-nos num saudosismo estéril e ineficaz, mas, por outro lado, pode conduzir-nos aos novos desafios da fronteira. Todos, por mais crescidos que sejamos, nutrimos uma saudade inconsciente pelo colo da mãe, pelo paraíso perdido. Mas essa mesma saudade, quando amadurecida pela experiência, pode projetar-nos para diante, na conquista da terra prometida. Melhor dizendo, em geral a crise, num primeiro momento, leva-nos ao berço, deixando aí os fracos; num segundo momento, porém lança os fortes à encruzilhada. Esta simboliza o lado positivo da crise. É quando a fuga se converte em nova busca, pois encruzilhada pressupõe bifurcação de caminhos e a necessidade de fazer escolhas. E toda escolha implica uma renúncia. Neste caso, a crise é dolorosa, sim, mas extremamente fecunda. No GrandeSertão de nosso destino desconhecido, Deus irrompe e nos chama a abrir novas Veredas, diria o grande escritor Guimarães Rosa.
Em seu momento negativo, porém, a crise contém revolta, choro, incompreensão e medo. É o caso de Elias que, cansado de tudo, deita e dorme um sono profundo para escapar da própria missão; ou então Jeremias que, diante de tantas adversidades, maldiz o dia em que veio à luz; e ainda Jonas, o qual, ao ser chamado a profetizar em Nínive, foge de Deus e de todos, até ser engolido por um grande peixe, o que na linguagem simbólica quer dizer regressar ao ventre materno. Em meio à tormenta da dúvida e da incerteza, impera a tentação de anular-se. O melhor mesmo seria nem ter nascido! São momentos cruciais que nos levam à beira de um precipício. Mas é justamente aí, onde a indigência é mais severa e aguda, que se torna mais significativa a presença de Deus. Presença ausente, jamais indiferente. “Onde abundou o pecado, maior se manifestou a graça”, diz o apóstolo Paulo (Rm 5,12).
Em outras palavras, no fundo do poço e da desesperança, Deus se revela e deixa, no caminho de nossa história, suas pegadas misteriosas. Envia um de seus anjos: ao profeta Elias, o anjo oferece pão e água, porque “o caminho é longo”; ao lamento de Jeremias, dá-lhe forças para seguir profetizando mesmo contra os que o perseguem; quanto a Jonas, lhe reconduz a Nínive para exercer sua tarefa negada e interrompida. E a Natanael, o olhar retrospectivo de Jesus lhe confere a certeza de ter achado quem procurava e coragem para seguir adiante. Um toque de Deus, um anjo estranho e peregrino, sobrevoa a nuvem sombria da crise, e aponta novos horizontes. Tal como a estrela de Belém, o anjo indica o caminho para o seguimento de Jesus Cristo, e para a divulgação de sua Boa Nova. Conclui-se que o fundo do poço, se não significar o fim, será necessariamente o começo de uma nova subida.
O mesmo ocorre com nossa própria vocação. Estamos todos em idade suficiente para termos vivenciado algum tipo de crise. Não pequenas pedras no meio do caminho, mas um abismo que nos tira o chão debaixo dos pés. Parafraseando Simone de Beauvoir, é como se as estrelas se tivessem apagado no céu e os marcos desaparecido da estrada. Sabemos o que significa o momento difícil da figueira. Bastará, entretanto, um resgate da trajetória vocacional de cada um, para dar-se conta que algum anjo de Deus apareceu, e nos ajudou a sair da encruzilhada para seguir adiante. Esse anjo pode ser um familiar, um amigo, um superior, uma situação extrema de pobreza, um momento pessoal de fracasso, até mesmo um desconhecido… Trata-se, enfim, de um alerta à lei da inércia, que nos acomoda num torpor inativo. Um alerta provocado, normalmente, pelas pessoas e circunstâncias mais variadas e inesperadas. E que nos sacode, enxuga as lágrimas, levanta-nos o ânimo e nos põe novamente em marcha.
3.Beber do próprio poço
Tomar nas mãos a história da própria vocação é dar-se conta que ela foi visitada muitas vezes pela mão invisível de Deus. Mão invisível que se faz visível através de uma palavra ou de um olhar de encorajamento, de uma visita ou um toque de algum companheiro, de uma realidade gritante e clamorosa. Refaz-se, assim, o chamado e este requer uma nova resposta. O dom de Deus se mantém sempre presente, mas exige busca renovada, dados os desafios que a realidade nos apresenta a cada momento. A intuição primordial reluz como uma estrela em meio às trevas, mas deverá ser complementada por um trabalho contínuo. A vocação, tal como a semente lançada à terra, necessita de um cultivo permanente. Como bem sabemos, trigo e cizânia nem sempre andam separados. O mais comum é crescerem juntos. “Tudo é muito misturado”, constata Riobaldo Tartarana, personagem de Grande Sertão, Veredas.
É desse modo que o processo vocacional, em nossa vida, dura noventa e nove anos… Ou seja, toda uma existência, praticamente desde o berço até túmulo! Se nossa trajetória vocacional foi sempre visitada por Deus, de modo particular nas horas de maior dúvida e angústia, trata-se agora de revisitá-la. Não de forma negativista como ocorre na maioria das vezes, mas positivamente. Somente desse modo nos damos conta das numerosas ocasiões em que a presença de Deus marcou nosso avanço, penoso e aos tropeços, sem dúvida, mas progressivo. No confronto com o episódio de Natanael, percebemos que, se o olhar de Jesus nos momentos de figueira esteve comigo até hoje, não será a partir de agora que irá me abandonar. Engendra-se e cresce, assim, uma confiança nova e inabalável, não em minhas forças ou méritos, mas na graça de um Deus infinitamente misericordioso.
Quando somos capazes de identificar os anjos que nos fizeram redescobrir a vocação e notamos que o Senhor se manifestou em nossa vida através deles, então a história vocacional ganha enorme relevância. Torna-se uma fonte de água viva para os próximos passos e embates da vida. Passamos a “beber do próprio poço”, para utilizar a expressão de Gustavo Gutierrez. Como o exemplo da árvore do sertão e do agreste: quando a seca aperta, ela se alimenta dos nutrientes acumulados na própria raiz. Também aqui, como no caso de Natanael, as visitas à figueira nutrem, vivificam e fortalecem a própria vocação. Desnudam e escancaram nossa fraqueza, fragilidade e impotência, mas, ao mesmo tempo, revelam a mão de Deus agindo através destes “vasos de barro”, como diz o apóstolo Paulo (2 Cor 4,1-6).
A simbologia da figueira, que aparecia como um deserto árido, estéril e inóspito, se descortina como um terreno fecundo e fértil. A luz brilha mais forte onde a noite se faz mais escura, a flor é mais bela quando mergulha as raízes no esterco. Também a exemplo de Natanael, abre-se o leque de nossa compreensão frente às crises alheias. Ao espelhar minha condição de pobreza, a figueira espelha simultaneamente a condição real de todo ser humano. E nos predispõe para a compaixão e a misericórdia. Vale dizer, nos predispõe para um seguimento cada vez mais adulto dos caminhos do Mestre. Amadurece nossa vocação de discípulos missionários a serviço da vida.
simone joema lopes
fev 03, 2012 @ 13:51:35
adorei toda essa instrução neste texto, que parte de cada ser humano sua melhora moral.
pe geovane saraiva
fev 09, 2012 @ 15:01:33
Martírio e Profecia na Igreja
“Ninguém tem maior amor do aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 13). Dar a vida se pode traduzir por generosidade, renúncia, doação e testemunho. No amor a Deus e ao próximo está o eixo central do cristianismo; tudo a partir do coração, por ser o centro da personalidade, onde se encontra seu fundamento, na busca da dignidade, da justiça e da solidariedade.
Neste sentido, já se passaram sete anos do assassinato da Irmã Dorothy Stang. Temos consciência de que o testemunho profético e a mística dessa fiel e corajosa discípula de Jesus de Nazaré, com seu sangue derramado na floresta amazônica, ainda irá produzir frutos, muitos bons frutos.
Irmã Dorothy afirmou, no momento em que foi imolada: “Eis a minha alma” e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns trechos das Sagradas Escrituras para aquele que, logo em seguida, iria assassiná-la. Morta com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, no Estado do Pará, Brasil.
Diante do contexto da morte brutal da irmã Dorothy, fica muito presente a frase de Tertuliano, dita no século terceiro: “Sangue de mártires é sementes de cristãos”. “Evangelizar constitui, com efeito, o destino e a vocação própria da Igreja, sua identidade mais profunda. Ela existe para Evangelizar” (Evangelli Nuntiandi, 14), não fugindo da profecia e do testemunho, se for o caso, do martírio.
O modelo capitalista no Brasil, marcado pela desigualdade social e estrutural entrou com toda sua força também na Amazônia. Para a floresta amazônica, foi por opção de vida, a inesquecível Irmã Dorothy. Lá ela abraçou a proposta do Evangelho, vivido na simplicidade, mas com grande e profunda coerência. Uma mulher forte e determinada, no seu estilo de vida e com uma mística a causar medo e contrariar os que desejavam outro projeto para floresta, longe e distante do projeto de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso mesmo tramaram: “Vamos matá-la”.
Irmã Dorothy está viva e presente da vida do seu povo, com sua vida oferecida em sacrifício, num verdadeiro hino de louvor a Deus, com sua coragem profética. Ela continua mais amada e admirada, tornando-se referência, símbolo e patrimônio do povo brasileiro, que sonha com uma nova realidade, aos olhos da fé.
Vivemos uma fé em que se afirma muito a dimensão do louvor e somos inteiramente favoráveis e temos plena convicção de que o nosso Deus é Senhor da vida e da história. Agora viver o mandamento maior: “Amarás o Senhor teu Deus de todo coração e a teu próximo como a ti mesmo” (MT 22, 37), significa ser uma Igreja pascal, na generosidade, na renúncia, na doação, no testemunho e na profecia, a exemplo de irmã Dorothy, no seu desejo de assemelhar-se ao Filho de Deus, ao doar sua própria vida pela floresta amazônica. Fica a pergunta: quando é que teremos uma Igreja verdadeiramente pascal, testemunhando sua fé no Senhor ressuscitado, segundo o pensamento de Tertuliano?
Pe Geovane Saraiva, Pároco de Santo Afonso
http://WWW.paroquiasantoafonso.org.br
http://blogsantoafonsoce.blogspot.com/
Nossa progranação para o dia 12/02:
Para celebrar o 7º aniversário da sua partida para o Pai, convidamos os amigos que alimentam no íntimo do coração os mesmos sonhos da querida Religiosa, Irmã Dotohhy Stang.
Local: Paróquia de Santo Afonso (Igreja Redonda).
Av. Jovita Feitosa, 2733 – Parquelândia – Fortaleza – CE.
Data: 12 de fevereiro de 2012
Horário: 18 horas
Celebrante principal: Dom Edmilson da Cruz
Presença das Irmãs de Notre Dame – sua Congregação Religiosa (Norte Americanas).
Grupo de Teatro Dom Helder – da Paróquia de Santo Afonso fará uma apresentação no final.